Com 40% de renovação, a composição da Assembleia Legislativa que foi eleita no domingo será ligeiramente menos fragmentada e mais diversa do que a atual. Dos 55 deputados estaduais que estão exercendo mandato hoje, 32 se reelegeram e dois vão retornar à Casa. Outros 22 nomes vão assumir no Legislativo pela primeira vez.
Ao todo, 15 partidos terão representação no Legislativo gaúcho a partir de 2023. Em 2018, foram eleitos deputados de 17 partidos. Desta vez, porém, Cidadania e Solidariedade não conseguiram colocar nomes na Assembleia – o Solidariedade já havia perdido a representação durante a janela partidária deste ano. A redução também é reflexo da fusão do PSL e DEM, que gerou o União Brasil, em fevereiro deste ano. Em compensação, o PCdoB, que ficou de fora na atual legislatura, reconquistou uma cadeira.
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Três partidos – PT, Republicanos e PSOL – vão aumentar a representação, enquanto MDB, PSDB, PSB e Novo vão encolher. Já PP, PL, União, PDT, PTB e Podemos vão manter o atual número de cadeiras. O PT terá a maior bancada, com 11 deputados.
A distribuição das vagas indica que, independentemente de quem for o próximo governador, terá de buscar novas alianças para ter maioria de votos. Os partidos que integram a coligação de Onyx Lorenzoni (PL e Republicanos), que liderou o primeiro turno, elegeram somente dez deputados. Já o grupo que acompanha Eduardo Leite (PSDB, MDB, PSD, Podemos e União) conquistou 17 vagas.
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A eleição também vai garantir alguns avanços em termos de diversidade. Em 2018, por exemplo, nove mulheres haviam sido eleitas. Neste ano foram 11. Outro destaque foi a eleição de três vereadores que integram a chamada bancada negra da Câmara de Porto Alegre – Bruna Rodrigues (PCdoB), Laura Sito (PT) e Matheus Gomes (PSOL). Laura e Bruna, por sinal, serão as primeiras mulheres negras a chegar à Assembleia. Dentre os estreantes, 9 têm até 40 anos.
Apesar da renovação expressiva, a lista dos novos deputados inclui um veterano da política gaúcha – o ex-vice-governador e ex-ministro Miguel Rossetto (PT), que nunca ocupou mandato na Assembleia – e vários nomes com ligações familiares ou herdeiros diretos de políticos conhecidos, como irmãos do candidato a governador Edegar Pretto (PT), do deputado federal eleito Tenente-coronel Zucco (Republicanos) e do prefeito de Bagé, Divaldo Lara, além de um ex-assessor do deputado federal Marlon Santos (PL) e uma cunhada das irmãs Franciane e Liziane Bayer.
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*Ficaram como suplentes em 2018, mas estão no exercício do mandato atualmente.
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Dos atuais deputados estaduais, 13 não conseguiram se reeleger no domingo. A lista inclui políticos veteranos, como Zilá Breitenbach (PSDB), ex-prefeita de Três Passos, que tem quatro mandatos na Assembleia no currículo, e o ex-prefeito de Pelotas Fernando Marroni (PT). Também não conseguiram renovar os mandatos Rodrigo Maroni (PSDB), que causou polêmica neste ano ao propor a proibição dos rodeios, e Tiago Simon (MDB), filho do ex-senador Pedro Simon.
Os demais que não tiveram êxito foram Carlos Búrigo (MDB), Gilberto Capoani (MDB), Issur Koch (PP), Capitão Macedo (PL), Luiz Henrique Viana (PSDB), Mateus Wesp (PSDB), Fran Somensi (Republicanos), Airton Lima (Pode) e Giuseppe Riesgo (Novo). Todos, no entanto, ficaram na condição de suplentes.
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Três deputados estaduais se elegeram para a Câmara Federal – Tenente-coronel Zucco (Republicanos), Any Ortiz (Cidadania) e Franciane Bayer (Republicanos). Outros seis também concorreram a deputado federal, mas não se elegeram – Juliana Brizola (PDT), Eric Lins (PL), Fábio Ostermann (Novo), Dalciso Oliveira (PSB), Sérgio Turra (PP) e Vilmar Lourenço (PP).
Já Edegar Pretto (PT) concorreu a governador, mas não chegou ao segundo turno, enquanto Gabriel Souza (MDB) é candidato a vice na chapa de Eduardo Leite (PSDB).
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