Assassinato de mulher tem tráfico como pano de fundo

A Polícia Civil deu mais um passo na busca por esclarecer por completo os detalhes de um dos homicídios de maior repercussão em Santa Cruz do Sul nos últimos tempos. Nessa segunda-feira, 25, pela manhã, foi preso um homem de 31 anos, apontado como o terceiro envolvido no assassinato de Lisiane Vieira Bicca, de 40 anos, no último dia 26 de junho.

Outros dois, que são tio e sobrinho, de 34 e 23 anos, já haviam sido capturados por agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) no último dia 11, na chamada Operação Juramento Divino. Enquanto o mais jovem seria o motorista, o tio e este preso de ontem estavam no banco de trás do Chevrolet Corsa sedan prata que foi até a casa da mulher para cometer o crime.

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A investigação, que é coordenada pela delegada Raquel Schneider, conseguiu comprovar que o caso teve como pano de fundo o tráfico de drogas, e que a morte da mulher certamente teve ligação com a relação do ex-companheiro dela com a criminalidade. A motivação detalhada, no entanto, ainda carece de mais apurações.

O ex de Lisiane tem 36 anos e diversos antecedentes policiais. Ele foi identificado como um dos envolvidos em outro assassinato ocorrido dois meses antes do cometido contra ela. Segundo investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), ele teria fornecido a um matador a pistola para executar Vitor Gabriel Nunes, de 18 anos, na Rua Canguçu, no Bairro Esmeralda, em 28 de abril.

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Ele cumpria prisão domiciliar na época do homicídio de Vitor e, posteriormente, saiu da cidade após pedir transferência para Santa Catarina. Nesse meio tempo, outra condenação, esta da Justiça de Santa Maria para ele, transitou em julgado. Com um acréscimo de pena, passou a cumprir regime fechado no estado vizinho. Recentemente, teve prisão preventiva decretada pelo homicídio do jovem de 18 anos e será indiciado pela 2ª DP ao final do inquérito.

Lisiane Vieira Bicca foi morta em 26 de junho deste ano, por volta de 17h40, com um tiro na cabeça, em sua casa, na Rua José de Oliveira Lopes, no Bairro São João. Ela trabalhava em uma empresa fumageira e estava no banho quando foi alvejada por um disparo de pistola calibre 9 milímetros. Os seus três filhos menores encontravam-se no imóvel e viram a mãe, que estava grávida de quatro meses, ser assassinada. Os três presos pelo caso não tiveram seus nomes revelados pelas autoridades policiais.

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