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Assassinato de jovem seria represália contra familiar

Alvo de tiros na noite de terça-feira, Taiger Souza da Silva, de 18 anos, foi encontrado já sem vida por policiais militares na estrada geral do distrito de Passo do Adão, em Rio Pardo. Pelo menos oito perfurações, que teriam sido feitas por um revólver, foram encontradas em suas costas. No dia do crime, pouco antes das 21 horas, a Brigada Militar (BM) de Rio Pardo recebeu uma ligação informando que um homicídio teria acontecido e dando indicativos do local.

Uma guarnição da Patrulha Comunitária do Interior (PCI) e o Setor de Inteligência da BM foram verificar a veracidade dos fatos relatados e encontraram o corpo de Taiger na beira da estrada de chão batido, nas proximidades da BR-471. Conforme policiais que atuaram na ocorrência, provavelmente o jovem foi executado no mesmo lugar onde foi localizado, pois havia manchas de sangue no entorno do corpo e nas adjacências.


O local já é conhecido nos meios policiais. “Pelo menos outros dois corpos foram encontrados naquelas proximidades recentemente, todos com as mesmas características”, comentou o subcomandante do 2° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Rio Pardo, capitão Renan Todendi Dutra. Ele atribui a sequência de execuções que vêm ocorrendo no município à intolerância e violência de lideranças do tráfico de drogas.

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Essa intolerância também teria sido a provável causa da morte de Taiger. Nesse caso, informações preliminares dão conta de que teria ocorrido um desacerto entre um familiar de Taiger – um homem de 37 anos que se encontra preso – e o líder do grupo criminoso que domina o tráfico em Rio Pardo. Segundo os relatos obtidos pela Brigada, o assassinato de Taiger teria sido encomendado pelo suposto líder do tráfico, que tem 40 anos e cumpre pena na Penitenciária Modulada de Ijuí, para onde foi transferido recentemente depois de uma temporada na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas.

O homicídio, portanto, seria uma represália para atingir, por meio da morte de Taiger, o familiar dele que comprou briga com o líder do tráfico. Esse familiar está preso desde 5 de novembro no Presídio Regional de Santa Cruz e tem antecedentes por roubo a pedestre, furto, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, homicídio, roubo de veículo, roubo a estabelecimento comercial, receptação e tráfico de drogas.

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O jovem morto completaria 19 anos no próximo dia 25. Como adolescente, tinha passagens pela polícia por furto e posse de drogas. Entre 3 de julho e 16 de outubro deste ano, cumpriu pena pela Lei Maria da Penha, por violência doméstica.

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Suspeito foi preso logo depois

Ainda na noite do crime, a Brigada Militar de Rio Pardo recebeu uma informação de que suspeitos de cometer o assassinato estariam se deslocando a Santa Cruz do Sul em um Fiat Uno branco. “Esse veículo foi abordado no Distrito Industrial de Santa Cruz, sendo que as informações que tínhamos obtido batiam. No Uno havia quatro indivíduos. Um dos suspeitos estava foragido por ter rompido a tornozeleira eletrônica, contudo, não havia arma ou indícios no carro que pudessem confirmar a participação no crime”, comentou o subcomandante do 2º BPM de Rio Pardo, capitão Renan Todendi Dutra.

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Os quatro foram conduzidos para registro da ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Santa Cruz. Por estar em situação de foragido, após romper a tornozeleira eletrônica, o suspeito de 24 anos foi preso e conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz. Os outros três ocupantes do Fiat Uno branco foram liberados. O caso é investigado pela Polícia Civil de Rio Pardo.

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