Apontado pelas forças de segurança como autor de assaltos que aconteceram no ano passado em Santa Cruz do Sul, Vítor Luís Ramos Guimarães, de 33 anos, foi condenado a dez anos de prisão pelo crime de roubo duplamente majorado. As majorantes – dispositivos que aumentam a pena – foram elencadas pelo concurso de duas ou mais pessoas e o emprego de arma de fogo.
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Ainda foi considerada na dosimetria de sua pena, calculada pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, titular da 1ª Vara Criminal do município, o fato de ele ser reincidente, uma vez que já tinha contra si condenação criminal definitiva. O delito pelo qual foi sentenciado aconteceu no dia 30 de setembro de 2022, por volta das 22h15, na Rua Jece Zubaran, no Bairro Universitário.
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Na ocasião, conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Vítor Luís, armado e acompanhado de um comparsa (não identificado pela polícia), rendeu uma família e roubou um notebook, duas televisões de 42 polegadas, três celulares, uma bolsa com documentos, chaves de veículos e um controle de portão eletrônico. O denunciado ainda teria ameaçado um dos familiares, dizendo que iria “prender bala” caso não cooperasse. Uma análise apontou que os itens furtados estavam avaliados em cerca de R$ 7,7 mil.
Nenhum dos objetos roubados foi recuperado pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), responsável pela investigação. A prisão preventiva de Vítor Luís foi decretada em 18 de outubro de 2022, duas semanas após ter sido preso em flagrante em duas oportunidades pela Brigada Militar (BM). Em uma delas, os policiais capturaram-no dentro de um ônibus, na rodoviária, tentando fugir para Porto Alegre. A denúncia do MP sobre o caso foi recebida pela 1ª Vara Criminal no dia 31 de outubro do ano passado.
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Vítor Luís foi defendido pela Defensoria Pública, que apresentou resposta à acusação com pedido de revogação da prisão preventiva. Após manifestação contrária do MP, a preventiva do réu foi mantida e o processo teve continuidade.
Na sentença dessa quarta-feira, 31, a juíza Márcia ainda fixou um valor mínimo de R$ 7.712,00 para o acusado reparar os danos causados às vítimas, tendo em vista que os objetos subtraídos não foram restituídos. Vítor Luís Ramos Guimarães está no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
Vítor Luís Ramos Guimarães tem uma longa ficha policial. São 35 ocorrências, as últimas em Santa Cruz, mas ele também agiu em Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Venâncio Aires, Itaara, Sapiranga e Porto Alegre. Os primeiros furtos foram cometidos na Capital, ainda em 2002, com 13 anos. Aos 17, já cometia roubos a residências e lojas. Praticou também delitos como receptação, ameaça, desacato, furto e roubo de veículo, posse de entorpecentes e dano em tornozeleira.
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Ficou conhecido após ser capturado duas vezes pela BM em apenas quatro dias, no ano passado. No dia 1º de outubro, ele foi apontado como autor de um assalto em uma propriedade no interior de Rio Pardinho, quando teria roubado dois revólveres e celular de um homem de 35 anos. Logo após o crime, o 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM) deu início às buscas.
Na noite seguinte, 2 de outubro, informações apuradas pelo Setor de Inteligência da BM davam conta de que o assaltante teria sido visto no Centro, na direção da Avenida Paul Harris. Uma guarnição viu o Chevrolet Astra prata em que ele estava e tentou a abordagem. No entanto, o acusado não teria obedecido à ordem de parada e jogou o automóvel contra os policiais, fugindo em alta velocidade. Outras guarnições foram acionadas via rádio.
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O homem foi “fechado” nas proximidades de um mercado na Travessa Leonel Prado, esquina com a Avenida Euclydes Kliemann, no Bairro Ana Nery. O assaltante foi identificado e, na oportunidade, estava utilizando tornozeleira eletrônica. O equipamento, porém, encontrava-se envolto em papel-alumínio, fixado com fita plástica – artimanha usada para embaralhar o sinal do aparelho e não denunciar movimentações além do perímetro autorizado pela Justiça. Na ocasião, Vítor Luís estava com o telefone celular roubado no dia 1º.
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Preso, ele foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). A vítima do roubo o reconheceu como autor do crime e identificou o smartphone como sendo seu. Mesmo assim, Vítor foi liberado. A BM manteve um trabalho de monitoramento do rapaz. Ciente de que a polícia estava em seu encalço, no dia 5 de outubro, ele enrolou sua tornozeleira eletrônica novamente em papel-alumínio e comprou uma passagem para fugir em direção a Porto Alegre.
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No entanto, em uma operação integrada entre os setores de Inteligência do 23º BPM e da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR), o acusado foi capturado já dentro do coletivo, na rodoviária de Santa Cruz. Ele não tinha autorização para se afastar da cidade. Desta vez, teve sua prisão em flagrante homologada e foi conduzido ao Presídio Regional.
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