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Assaf implora por mais apoio

Ao completar dez anos de fundação em 2015, a Assaf viveu uma de suas piores temporadas na Série Ouro do Campeonato Gaúcho de Futsal. Com poucos recursos financeiros e elenco reduzido, o Tricolor lutou até o final e evitou a queda à Serie Prata. Mas a falta de verba ainda é um problema a ser superado pelo clube. Em busca da continuidade dos trabalhos e da montagem do grupo para a disputa da competição no ano que vem, a direção cobra apoio da Prefeitura e de empresas de Santa Cruz  Sul.

Em uma coletiva de imprensa na tarde de ontem no Ginásio Poliesportivo, o presidente Cézar Silveira leu um manifesto onde afirma que “futsal sem o auxílio do Poder Público é inviável”. Segundo ele, várias tentativas foram feitas ao longo deste ano em busca de uma audiência com o prefeito Telmo Kirst (PP), o que não ocorreu até o momento. “Acreditamos que não seja má vontade do prefeito. Portanto, reiteramos a necessidade e a vital importância de que isso ocorra o mais rápido possível, sob pena de o futsal não ter seguimento no ano vindouro”, garantiu o dirigente. Em uma rápida conversa com os jornalistas, Silveira reiterou que tentou agendar um encontro com o chefe do Executivo Municipal e não teria obtido resposta. “Ficamos aguardando o tempo todo. Nunca disseram o dia e o horário de acontecer”, comentou.

Apesar de a prefeitura disponibilizar infraestrutura, como a cedência do Poliesportivo para treinamentos e jogos, o presidente da Assaf defende que haja o aporte financeiro para o clube em 2016. “A situação é complicada. Precisamos de um compromisso. Não estamos jogando a toalha, nem deixando de trabalhar, mas torcemos para que isso não aconteça (a desistência da participação na Série Ouro). Os números mudam: com apoio é uma coisa, sem apoio é outra”, enfatizou Silveira. 

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O vice-presidente financeiro Marcos Heitor Gressler lembrou que, em 2014, o Tricolor recebeu R$ 30 mil por meio da Associação das Entidades Empresariais (Assemp). Neste ano, não houve repasse. “Tudo é custo. Futebol de graça não existe. A Prefeitura dando um apoio, abrindo as portas, teremos mais condições de buscar patrocinadores”, argumentou. Sem exibir os números que permitiriam o prosseguimento das atividades da Assaf em 2016, Gressler asseverou que é necessária a audiência no Palacinho da Praça da Bandeira. “Não se sabe os valores. Precisamos conversar primeiro para fazer os números depois”, apontou. A Assaf terminou o certame estadual na nona colocação, sendo eliminada na primeira fase.

Prefeitura alega corte de gastos

O chefe de gabinete do prefeito Telmo Kirst, Edson Azeredo, explicou para a reportagem da Gazeta do Sul que um decreto de cortes de gastos no Executivo, emitido no início do ano, impossibilitou a destinação de recursos financeiros para outras áreas. “Só se manteria o que já estava em andamento”, lembrou.

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A estimativa da Prefeitura é que o cenário mude em 2016, apesar das dificuldades de caixa. “Vamos aguardar. O prefeito quer aumentar as verbas para outras entidades. Talvez a época em que o pessoal da Assaf solicitou não fosse a mais apropriada”, ponderou Azeredo. Segundo ele, o governo atual é o que mais investiu em esporte na história de Santa Cruz. “Todos os projetos recebem recursos, sem redução”, afirmou.

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