O asfaltamento da ERS-403, obra aguardada há mais de 30 anos pela comunidade regional, avançou em 2024. Ao longo do ano passado, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) asfaltou mais cinco quilômetros da rodovia que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul e é alternativa à RSC-287 para o deslocamento entre esses dois municípios. Apesar do progresso, se as obras continuarem no ritmo percebido em 2024, serão necessários mais dois anos e meio para pavimentar os 12 quilômetros que ainda são estrada de chão.
Nos primeiros 18 quilômetros, no trecho entre a cidade e a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) João Habekost, situada na localidade do Arroio das Pedras, a ERS-403 tem asfalto e ele está conservado. Apesar da ausência de acostamento e da vegetação que está perto da faixa de rolamento em alguns pontos, além de buracos e desníveis, de modo geral o trecho está em boas condições e os motoristas não enfrentam dificuldades nem riscos para prosseguir a viagem.
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Após o educandário, a pavimentação termina. A partir desse ponto, são mais 12 quilômetros de estrada de chão. Da mesma forma, o trecho já esteve mais deteriorado. Ainda há buracos e locais onde a vegetação invade e torna a pista estreita, mas a situação geral é melhor do que a percebida pela Gazeta do Sul nos anos anteriores.
Nos períodos de tempo seco, o maior problema é a poeira vermelha que causa transtornos aos moradores do entorno. Já após as chuvas, os atoleiros são um desafio para os motoristas.
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Um pouco antes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Cassiano Silveira de Oliveira, no sentido Rio Pardo–Cachoeira do Sul, as placas indicam obras na pista e o asfalto retorna logo depois. O trecho novo totaliza cinco quilômetros que foram concluídos ao longo de 2024 e se somam aos outros 45 que estavam finalizados. Há estacas e preparações ao longo de outros dois quilômetros, que indicam a sequência dos trabalhos durante as próximas semanas.
Assim, 50 dos 62 quilômetros de extensão da ERS-403 encontram-se asfaltados. Os trechos danificados pela enchente de maio já foram reparados pelo governo do Estado, que investiu R$ 8 milhões para recuperar 17 quilômetros.
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A Gazeta do Sul encaminhou ao Daer um pedido de informações sobre o andamento dos trabalhos, bem como a previsão de conclusão da pavimentação. No entanto, não obteve retorno da autarquia até o fechamento da edição desta sexta-feira, 3.
Ponte do Fandango
Em novembro do ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou à Prefeitura de Cachoeira do Sul que fechará a Ponte do Fandango, sobre a BR-153, entre setembro de 2025 e janeiro de 2026. O bloqueio de cinco meses é necessário para as obras de recuperação da estrutura, que ficou parcialmente submersa durante as enchentes de maio e, desde então, opera em sistema de pare e siga somente para veículos leves.
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Segundo o projeto do Dnit, a ponte será elevada em pouco mais de 3 metros, para evitar que a água volte a atingir o tabuleiro em futuras cheias. Para tanto, será preciso interromper totalmente o trânsito durante algumas etapas do trabalho. Em outras, a passagem será novamente no sistema de pare e siga, com limitação de peso em 18 toneladas. A previsão de conclusão é abril de 2026.
Em função desse bloqueio e com a instabilidade dos serviços de balsas, cuja operação pode ser paralisada conforme o nível do Rio Jacuí, a rota mais curta para caminhões e carretas que têm de sair de Cachoeira e acessar a BR-290 é percorrer a ERS-403 até Rio Pardo, e seguir viagem até Pantano Grande. Com isso, a expectativa é de que o trânsito de veículos pesados aumente de maneira expressiva na 403, especialmente nos períodos de safra da soja e arroz, que são os principais produtos agrícolas do município.
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