Esportes

Às vésperas da Copa do Mundo, Zagallo ganha estátua de cera no museu da seleção

Único a vencer quatro Copas do Mundo e eternizado na seleção brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo agora é, literalmente, um monumento para o futebol nacional. Isso porque a CBF inaugurou no fim da manhã desta quinta-feira, 20, uma estátua de cera em tamanho real do ex-jogador e técnico. Ela ficará no museu da seleção, junto às de Pelé e Marta.

Zagallo compareceu à cerimônia e se impressionou com a semelhança da estátua. Com 30 kg, ela foi produzida em Londres por 26 artesãos, no mesmo ateliê que produziu as de Pelé e Marta Foram necessários dois anos para conceber a peça, período em que foram feitas 300 medições na casa de Zagallo e em que foram analisadas mais de 500 fotos dele.

“É impressionante. Eu jamais pensei em poder bater um papo com o Zagallo”, brincou ele próprio, enquanto olhava para sua representação de cera. “Quero agradecer essa grande homenagem por tudo o que eu fiz dentro da Amarelinha.”

Publicidade

LEIA MAIS: Segundo o Google, final da Copa do Mundo está definida entre duas seleções

Antes, Zagallo recebeu homenagens de Carlos Alberto Parreira e de Américo Faria, dupla com quem teve grande histórico na seleção. O técnico Tite também fez um breve discurso. “(O senhor é) exemplo, inspiração, liderança, humanismo. Talvez, Zagallo, tu não saiba o quanto representa para todos nós de uma geração, que te vê como exemplo. Muito obrigado, muito obrigado, pela classe toda de técnicos”, declarou Tite.

Aos 91 anos, Zagallo se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas, e ainda que estivesse um pouco debilitado, demonstrou disposição nesta quinta-feira. Ele lembrou alguns de seus títulos, sobretudo o primeiro, na Copa do Mundo de 1958, quando era jogador. “Toda hora eu estou revendo na televisão o jogo de 58, o jogo de 62, e eu fico babando. É bom, é bom quando se ganha!”

Publicidade

Número da camisa

Ao final da cerimônia, Zagallo recebeu duas camisas da seleção brasileira com o seu nome. Uma delas, amarela, com o número 13, historicamente associado ao treinador por ser seu número de sorte. A outra, azul, tinha o número 11, com a qual ele teria jogado pela seleção.

Ao receber a 11, contudo, Zagallo fez uma ressalva. “Essa é a azul, número 11, mas eu joguei com a número 7. O Garrincha, o maior de todos, jogou com a 11. Mas eu estou aqui para lembrar de um Garrincha, de um Pelé, de um Tostão, de um Rivelino, de um Clodoaldo, de um Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Gerson, que eu considero um dos melhores meio-campo que eu vi jogando. Ninguém me contou, eu vi”, ressaltou Zagallo.

LEIA MAIS: Copa do Mundo no Catar: saiba quanto custa ir de Santa Cruz até o principal evento do futebol

Publicidade

Nos bastidores da CBF, porém, a entrega da camisa 13 foi a que gerou alguma preocupação. Isso porque trata-se do mesmo número de Lula na disputa à presidência da República, e há o receio de que a imagem soe como propaganda política.

Foi exatamente isso o que aconteceu há dez dias, mas no outro lado do espectro político. Em viagem aos Estados Unidos, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, posou para foto entregando uma camisa da seleção com o 22 às costas para John Slusher, um executivo da Nike. Na corrida à presidência, o número é o de Jair Bolsonaro. A CBF, contudo, explicou que a escolha pela numeração era meramente uma homenagem a Slusher, que no passado fora jogador de futebol americano e usava esse número.

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

Share
Published by
João Caramez

This website uses cookies.