A estação mais divertida do ano é recheada de passeios, brincadeiras e muito sol. Ir à praia ou aproveitar a piscina do condomínio, do clube ou dos amigos são programas frequentes, mas que podem colocar em risco a saúde dos filhos, se não houver o cuidado necessário. Pensando nisso, o Dr. Guilherme Quinellato, da Clínica de Oftalmologia Integrada, elencou as doenças mais recorrentes no verão e como pais e responsáveis podem proteger a visão das crianças.
Conjuntivite tóxica
É comum que, de vez em quando, os pequenos cheguem em casa anunciando que algum colega faltou à escola por estar com conjuntivite, principalmente no verão. Velha conhecida, a doença é caracterizada por vermelhidão, coceira e ardência. O tipo tóxico, por sua vez, não é contagioso e está ligado ao contato com algum produto químico, sobretudo o cloro e a urina nas piscinas.
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Para evitar que a diversão seja interrompida, recomenda-se que as crianças utilizem óculos de natação quando forem à piscina ou não abram os olhos dentro d’água, evitando o contato com as substâncias. “Não é preciso cortar a diversão e impedir a garotada de matar o calor, nadando com os amigos. Para resolver o problema, é preciso utilizar o colírio lubrificante e/ou anti-inflamatório, receitado pelo oftalmologista e, em cerca de uma semana, estará tudo resolvido”, afirma Quinellato.
Conjuntivite viral
O cuidado exigido para tratar a conjuntivite viral é um pouco maior, visto que se leva, em média, de 7 a 14 dias para recuperação total. Embora apresente sintomas similares à tóxica, sua causa está relacionada a um vírus, que tende a se propagar com maior rapidez devido aos altos índices de umidade nas estações quentes.
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“Nesse caso, a recomendação é consultar um médico para que ele receite um colírio específico e os demais procedimentos de higiene. E nada de aglomerações até que os filhos estejam 100%, para evitar o contágio de outras pessoas”, oriente o oftalmologista. Para evitar o contágio, é preciso higienizar as mãos diversas vezes ao dia e permanecer longe de aglomerações.
Ceratite não infecciosa
Adultos costumam ter seus óculos de sol sempre a postos, diferentemente das crianças, que não têm a mesma consciência. O sol, porém, não está para brincadeira e é necessário proteger a visão dos raios UVA e UVB, uma vez que longos períodos de exposição sem o uso de óculos de sol podem ocasionar o surgimento da ceratite não infecciosa. “É uma inflamação da córnea, que costuma se manifestar em pacientes que se expuseram à luz solar por muitas horas seguidas. Os principais sintomas são vermelhidão e a sensação de que há alguma sujeira dentro dos olhos”, esclarece o especialista.
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Para tratar a doença, também é preciso visitar um oftalmologista e verificar os cuidados básicos, como os colírios e lubrificantes corretos. Além disso, a principal maneira de prevenir a ceratite não infecciosa é fazer com que os pequenos usem bonés ou óculos escuros quando forem à praia, ao parque ou a qualquer lugar onde passarão muitas horas a céu aberto.
O oftalmologista ressalta que o cuidado com os olhos desde a infância reduz danos que podem adiantar o surgimento de doenças com o passar dos anos, como catarata e degeneração macular. “As maneiras de prevenir essas enfermidades são relativamente simples, mas é preciso aplicá-las, para que as crianças se divirtam de forma saudável e não propiciem o surgimento de problemas de visão no futuro”, diz.
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