A romancista francesa Annie Ernaux, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2022, tornou-se, desde então, uma referência importante para seus pares, em especial pela forma como lida com as questões autobiográficas. Sua literatura apoia-se diretamente sobre suas vivências, e fatos ou situações fulcrais de sua caminhada são analisados, ou os reflexos deles ao longo de sua vida são evidenciados.
Agora, a editora Fósforo, que tem trazido vários dos romances mais conhecidos de Annie ao Brasil, compartilha um primeiro conjunto de ensaios dela, no volume A escrita como faca e outros textos, em 240 páginas, a R$ 74,90. Um deles é “Vingar minha raça”, justamente seu discurso por ocasião da entrega do prêmio Nobel. Nele, reflete sobre o seu estilo e sobre como lida com as temáticas, muitas delas relacionadas diretamente com memórias pessoais, familiares ou de sua geração.
Outra parte importante do livro é a de título “A escrita como faca”, uma entrevista que ela concedeu em 2003 (portanto, há duas décadas) ao escritor francês Frédéric-Yves Jeannet. Nela, com muita transparência, descreve como entende o papel da escrita, a arte da literatura, como forma de “abrir” para enxergar o que está além das aparências.
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Já “Retorno a Yvetot”, de 2012, é uma conferência dada por Ernaux na pequena cidade onde viveu com os pais até se mudar para cursar a universidade. No conjunto, são aulas sobre a escrita legadas por uma mestre.
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