Os candidatos à Prefeitura de Santa Cruz do Sul tiveram, na tarde de ontem, a oportunidade de expor suas propostas para cerca de 300 professores da rede municipal. O encontro promovido pelo Sindicato dos Professores Municipais (Sinprom) ocorreu na Sociedade Ginástica e contou com a participação dos cinco prefeituráveis.
De acordo com a presidente do sindicato, Rosane Martinez, que conduziu os trabalhos, cada candidato teve 15 minutos para conversar com os servidores, a partir de demandas previamente informadas, como qualificação, plano de saúde e regulamentação do piso. A ordem definida por sorteio pelo Sinprom foi Sérgio Moares (PTB), Gerri Machado (PT), Afonso Schwengber (PSTU), Fabiano Dupont (PSB) e Telmo Kirst (PP).
O QUE OS CANDIDATOS DISSERAM
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Sérgio Moraes (PTB)
Assim como no encontro com o Sindicato dos Funcionários Municipais (Sinfum), o candidato dedicou seu espaço para responder a questionamentos da categoria. O primeiro foi relacionado ao fundo de garantia dos trabalhadores, retirado durante o seu governo. Sérgio defendeu que, na época, houve intensa discussão com os servidores e que o fundo continuou sendo pago, mas incrementando o salário e não depositado separadamente. Entretanto, ressaltou que a demanda poderá ser revista. Quanto à escolha de secretários, afirmou que não há nada definido. O deputado ainda garantiu que professores aposentados que ainda atuam na educação serão mantidos “até que a lei permita”.
Gerri Machado (PT)
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Afirmou que seu compromisso será manter diálogo com a categoria para que possa conhecer as demandas. Garantiu que ampliará o volume de investimentos na área para dar condições para que se tenha educação de qualidade e que investirá em escolas que atendam em turno integral, e se comprometeu a regulamentar a lei do piso. Gerri ainda disse que trabalhará, em conjunto com o sindicato, em um plano de carreira para valorizar os profissionais e na criação de um plano de saúde “que não fique pesado para a Prefeitura nem para os trabalhadores”.
Afonso Schwengber (PSTU)
Lembrou de épocas em que professores eram tratados como autoridades e comentou a falta de valorização da categoria nos dias atuais. Defendeu que as escolas discutam política para que alunos vivam em um espaço mais democrático. Afirmou que, se eleito, criará conselhos populares para auxiliar o governo. “Sou candidato porque quero unir os trabalhadores.” Schwengber ainda reafirmou sua intenção de baixar o salário dos políticos. “Nenhum político pode ganhar mais que os operários. Por que eu sou diferente de vocês? Vou ganhar igual professor.”
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Fabiano Dupont (PSB)
Preferiu iniciar sua participação apresentando seu currículo. Em seguida, falou que a primeira medida será valorizar a categoria que, segundo ele, por vezes faz o papel de pais na educação de crianças e adolescentes. Além disso, Dupont questionou como outros municípios da região conseguiram trabalhar em planos de carreira para professores e instituir planos de saúde e em Santa Cruz ainda não teria sido possível. Se comprometeu a resolver a demanda, inicialmente, com plano ambulatorial, mas advertiu que trabalhadores também teriam que pagar taxa.
Telmo Kirst (PP)
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Lembrou que sua principal proposta de governo para a área de educação havia sido o piso salarial da categoria e que ela foi cumprida, embora o mínimo nacional ainda não tenha sido regulamentado. O candidato também falou das dificuldades financeiras que as prefeituras vivem com a queda de arrecadação e que, mesmo assim, conseguiu manter o pagamento do piso em dia, o que pretende continuar fazendo se eleito. Telmo comentou os reajustes que professores tiveram em sua gestão, garantiu regulamentar o piso e afirmou que é de seu interesse implementar um plano de saúde para os professores.
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