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As praças são nossas!

Santa Cruz do Sul tem inúmeras características, amplamente positivas, que a diferenciam em relação a outras cidades, de variados portes, não raro inclusive capitais ou polos turísticos. E entre os itens que talvez mais deva comemorar (ou acerca dos quais conscientizar-se quanto ao seu bom uso e à sua preservação) estão suas praças, seus parques – verdadeiros jardins públicos.

Na edição da Gazeta do Sul do último final de semana, o jornalista Rodrigo Nascimento realizou um levantamento e identificou que a cidade possui nada menos do que 51 praças, em diferentes estágios de conservação e aproveitamento por suas comunidades, locais reservados para proveito público, de todos.

A iniciativa de Nascimento foi o primeiro movimento de uma pauta mais ampla que a Gazeta do Sul está desenvolvendo em 2020: tornar o tema “praças” presente de forma constante no jornal.

E é isso o que agora principiamos a fazer. A partir da reportagem de Nascimento, que fez o amplo apanhado desses espaços públicos no centro e nos bairros, nesta edição passamos a dedicar atenção específica a determinado local. E começamos por fazê-lo com a mãe de todas, a mais central: a Praça Getúlio Vargas. Ou Praça do Chafariz, como é carinhosamente chamada. A praça que constitui um patrimônio da comunidade, o marco zero do povoamento. Literalmente, onde tudo começou. Está de tal forma presente no imaginário local que motivou a criação da Associação Amigos da Praça do Chafariz (Apriz), em 2016, para zelar por ela e atuar em favor dela.

As primeiras famílias de imigrantes alemães ainda estavam às voltas com a abertura de seus lotes de terra na Alte Pikade, a atual Linha Santa Cruz, quando, apenas quatro anos depois da chegada delas, passou a ser demarcada a futura sede da povoação. De pronto, surgiu a praça. Em torno dela, as primeiras ruas. Hoje, é impossível a alguém viver em Santa Cruz ou visitá-la e não se deparar com a praça central. Por isso, ela inaugura a série Nossas Praças, que a cada final de semana contemplará um desses locais.

A proposta é iluminar com matérias específicas aquelas que, no Centro e nos bairros, contam com ambientes cuidados com constância. Por vezes, como acontecerá em uma segunda reportagem associada à Praça do Chafariz, a ser veiculada no início da próxima semana, abordaremos a necessidade de medidas que busquem preservar o bom convívio e a tranquilidade da população e dos tradicionais frequentadores, em todas as horas do dia. Acima de tudo está a compreensão de que a praça é o local mais público dentre os que temos à disposição. Ela não é de ninguém, visto que é de todos. E, como tal, todos devem ter preservado nela o direito de ir e vir, com segurança. Que essa série seja um convite a todos, moradores de Santa Cruz e de outros municípios, a valorizarem suas praças e a desfrutarem do inegável e indispensável espaço de bem-estar, de aconchego e de liberdade que elas representam.

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