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As lições que a Copa deixa para todos

A desclassificação do Brasil pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, na sexta-feira, foi um tremendo balde de água fria no entusiasmo e na animação dos torcedores, mais ainda pela forma como ocorreu: nos pênaltis, depois de ter feito um a zero, com Neymar, já no segundo tempo da prorrogação. O fato de a Seleção Brasileira não ter tido o empenho, a determinação e, especialmente, a tarimba necessária (sempre uma marca indispensável dos campeões) para segurar um placar favorável a meros três minutos de cumprir-se o tempo regulamentar da prorrogação, foi, talvez, o que mais houve a lamentar. Afinal, a Seleção é formada por atletas acostumados a grandes decisões, em campeonatos nacionais na Europa e em Champions League e copas da Uefa, mas não teve a compactação que lhe permitisse segurar a vitória a minutos do fim da partida, que assim garantiria a passagem para a semifinal e sequência na caminhada rumo ao sonhado hexa.

No entanto, para as gerações que pela primeira vez experienciaram, com intensidade, o clima de Copa do Mundo, e para as que ansiosamente aguardavam por ver o Brasil novamente no topo do mundo no futebol, há a tirar, dessa campanha, a lição da necessidade de persistência e perseverança. Na vida em sociedade, no ambiente do trabalho ou das decisões públicas e coletivas, é fundamental que haja a mesma e exata união de forças e o espírito de equipe que tanto são valorizados em campo. E agora, quando estamos a três semanas de um novo ano, e quando fazemos nossos planos ou estipulamos as nossas metas, no trabalho, nos estudos, em família ou nas pretensões individuais, que aquela lembrança do “pé no chão”, da precaução e da seriedade esteja sempre presente.

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A partida dessa sexta-feira, mais uma vez (como em tantas ocasiões ao longo do tempo), fez lembrar que não existe jogo ganho. Nem mesmo aquele no qual estamos muito bem, à frente do placar, e já ansiando que o árbitro sopre o apito e dê por encerrada a partida. Se restam alguns minutos, se a bola ainda está rolando, é preciso atenção máxima, constante, sem dispersão ou desatenção. O que vale para o jogo em que o Brasil foi eliminado pela Croácia nos pênaltis, numa improvável e incompreensível virada, fica como advertência e exemplo para muitas situações na vida.

Assim, se a Copa de 2022 se encerrou ali (bem, em 2026 tem mais, e lá iremos mais uma vez em busca do hexa), o que não se encerrou são as tarefas em sociedade nesta reta final de ano. Estamos a duas semanas do Natal, e a três de 2023, e a nova temporada, espera-se, deve ser a de uma retomada efetiva na economia brasileira. Para isso, tarefas devem ser cumpridas, e não são poucas. E talvez sejam muito, mas muito mais complexas e venham a requerer ainda mais determinação do que aquela de que uma Seleção precisa dispor para ser campeã.

Bom final de semana, e boa reta final de ano.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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