Ao longo dos últimos 30 anos, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) contou com a atuação decisiva de suas reitorias. Em novembro de 1993 foi a primeira vez em que a comunidade acadêmica foi chamada a votar para escolher reitor, vice-reitor, coordenadores de curso e chefes de departamento. Nesse primeiro processo eleitoral, foi confirmado no cargo de reitor o professor Wilson Kniphoff da Cruz e de vice-reitora a professora Helga Kahmann Haas. Depois o cargo foi assumido, em 1998, pelo professor Luiz Augusto Costa a Campis, que ingressou ainda na época da Fisc em 1981.
Ele participou, em 1985, do movimento pelas eleições diretas e foi eleito vice-diretor geral, ao lado de Wilson Kniphoff da Cruz, eleito primeiro diretor-geral. “Nosso grande sonho era sermos Universidade, e o professor Wilson foi quem liderou esse movimento que culminou com a conquista do status de Universidade. Foi na gestão do professor Wilson que também foram criados novos cursos, entre eles o primeiro mestrado, e o campus de Sobradinho”, conta.
Campis assumiu a reitoria em março de 1998 com a tarefa de consolidar a Unisc como universidade de qualidade. Em número de estudantes a Unisc teve um crescimento de alunos de 100% no período entre 1998 e 2006, passando de 5,5 mil para 10,8 mil. Depois, o professor Vilmar Thomé foi eleito reitor em 2005. Na instituição desde 1984, ele considerou o credenciamento como universidade um momento que garantiu maior autonomia no desenvolvimento das atividades. “Foi fator primordial para expansão, em todos os sentidos, com a implantação de muitos cursos, ao mesmo tempo que também as atividades de extensão, pesquisa e pós-graduação stricto sensu apresentaram significativo crescimento”, observou.
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Dentre os momentos marcantes apontados por Thomé foi a obtenção do conceito máximo, nota 5, conferido pelo Ministério da Educação (MEC) na Avaliação Institucional (AI). “Nesse mesmo período alcançamos outra marca dedestaque nacional, quando fomos a 4 Universidade Comunitária melhor avaliada do Brasil”, comemorou.
Outra conquista importante, por ele lembrada, foi a implantação do curso de Medicina entre os anos de 2006 e 2011, ano da formatura da primeira turma do curso. “O curso foi autorizado pelo MEC ao final da gestão do professor Campis, após construção de excelente projeto e exitosa mobilização política. A professora Carmen Lúcia de Lima Helfer, reitora no período 2014 até 2021, na condição de pró-reitora de graduação, conduziu a implantação, em especial nos aspectos acadêmicos da dimensão do ensino”, destacou Thomé. Em 2012, o Hospital Santa Cruz (HSC) passou à condição de Hospital de Ensino, máxima classificação dos hospitais com suas características no Brasil.
Nos anos de 2009 e 2010, após forte mobilização liderada pela Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Abruc) e com participação de lideranças da Unisc, em especial do próreitor de Administração, professor Jaime Laufer, foi implantado o novo Fundo de Investimento na Educação Superior, o conhecido Fies.
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Sobre o primeiro reitor, o já falecido Wilson Kniphoff da Cruz, Thomé o define como uma liderança que conduziu tudo com sabedoria, coragem e firmeza na construção do projeto de transformação da Fisc em Unisc. “Merecidamente foi nosso primeiro reitor, sempre uma referência em termos de empreendedorismo, ética, honestidade, trabalho coletivo e eficácia. Foi diretor-geral da Fisc, reitor da Unisc e presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), mas acima de tudo continua sendo nossa inspiração para o desenvolvimento da instituição, jamais desistindo, jamais esmorecendo frente aos obstáculos e grandes desafios, sempre confiando no futuro, a partir da construção coletiva e corajosa de projetos transformadores da realidade presente”, exaltou.
Exemplo de mulher que luta, especialmente em uma sociedade que ainda não dá o reconhecimento merecido para as mulheres em determinadas áreas, a professora Carmen Lúcia de Lima Helfer foi a primeira reitora da Universidade, em 2014. A sua gestão enfrentou momentos difíceis, como a pandemia de Covid-19, de maneira exitosa. “Talvez as marcas mais fortes desses anos tenham sido mudança e desacomodação. Fui a primeira mulher a dirigir a universidade.
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Enfrentamos adversidades, mas foi grande a dose de coragem, de escuta, de sensibilidade com a gestão responsável que fez parte das pessoas que nos apoiaram e acompanharam. Garantimos participação, inclusão, diálogo, ação, humanismo e muito trabalho”, relatou Carmen. Ela lembra que um dos principais aspectos foram as medidas adotadas em nome da sustentabilidade, por causa do esvaziamento das políticas públicas de financiamento estudantil e da queda no número de estudantes.
“Cito como exemplo a retomada do crédito próprio como alternativa para a permanência dos estudantes. Podemos dizer que a gestão amadureceu coletivamente. Destaco como grandes conquistas os esforços e iniciativas para potencializar a educação à distância, a criação do curso de Medicina Veterinária, o Hospital Veterinário, a inauguração do TecnoUnisc, a Reinvenção Pedagógica e Administrativa – como forma de oferecer uma educação mais contemporânea aos jovens – já que os novos tempos exigem mais flexibilidade e formação de pensamento crítico”, apontou.
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Desde 2022, Rafael Frederico Henn é reitor da Unisc. Ele ressalta que o cargo é um compromisso confiado a ele para dar continuidade ao trabalho comprometido das gerações que tornaram a Unisc o que ela é hoje. “Nossa proposta sempre foi trabalhar com um plano de gestão aberto para atender à dinamicidade da educação e às necessidades de nossa comunidade acadêmica, sempre vislumbrando uma Unisc alinhada com as demandas atuais, trazendo o estudante como protagonista, uma Unisc que valorize as relações humanas e de trabalho e que coloque o conhecimento científico em benefício da comunidade”, evidenciou.
Ele enfatiza que são 30 anos como Universidade, mas 61 de Ensino Superior. “Nos transformamos no maior patrimônio científico e educacional da região. A Unisc impulsiona e colabora para o desenvolvimento das comunidades em que está inserida, assumindo um papel de liderança local e regional na promoção do desenvolvimento econômico, social, científico e tecnológico”, ressaltou.
Henn parabeniza todos que, de muitas formas, colaboraram para que o projeto da Universidade fosse possível e hoje colaboram para que ele se mantenha. A seu lado, a vice-reitora Andreia Rosane de Moura Valim lembra que a Unisc foi um marco em 1993 e é, atualmente, um marco para a região. “A nossa Universidade faz muita diferença, porque ela forma profissionais e esses profissionais tendem a se estabelecer, se desenvolver e contribuir com o desenvolvimento dessas comunidades em que estão inseridos”, disse.
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