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As dores da transformação global

Não há reforma sem obra, nem mudanças sem perdas ou sem dor. O mundo vive, desde 2019, os efeitos da pandemia e viverá, em 2023, os efeitos da guerra da Ucrânia, que mudará radicalmente a toada da vida no planeta. Podemos ter uma catástrofe alimentar, segundo a ONU. Energia, alimentos e finanças, a tempestade perfeita.

Já sentimos a falta de insumos e produtos no dia a dia em todas as cidades do mundo. E pode piorar.
A pandemia nos fez repensar e reconsiderar nossa forma de viver. Há os que dizem que tudo ficou pior ou já voltou a ser como era antes. Eu vejo que muita coisa melhorou de fato. Retroceder é impossível. Tudo se renova o tempo todo e a única direção que temos para avançar é para frente.

Somos treinados a viver o que existe sem pensar muito no que foi ou no que poderá ser daqui para frente. Uma espécie de avestruzes da existência. Ao longo da vida adulta, vamos atrofiando nossa capacidade de contemplar, imaginar, criar, apreciar e ficamos reféns de tudo o que temos que fazer para sobreviver ou terminar o dia sem pendências. É legitimo, mas não um jeito nobre de viver a vida.

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Nossos estudos mostram que poucas pessoas querem olhar para frente, porque têm medo de entrar em contato com a possibilidade certa da morte, do fracasso, da doença, do desconhecido. Poucos conseguem olhar para o longo prazo para entender que as dores do presente são resultado de nossas ações do passado e que, se queremos mudar alguma coisa, a hora é agora.

A cultura leva décadas para se adaptar e estamos fazendo isso em poucos anos na quarta revolução industrial. A educação vem se transformando, mas ainda está distante do que é preciso para criar cidadãos mais aptos para o mundo e para dar acesso a todas as pessoas de forma igualitária. As cidades não têm infraestrutura para o crescimento.

As empresas estão presas em operações e em inovações sem estratégia, com frágeis visões de curto prazo, usando a desculpa de que não se pode planejar com um mundo tão instável e incerto. Erro de quem está no comando.

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Para qualquer negócio que deseja estar operando em 2025 ou 2030, que não é tecnicamente o futuro, é hora de parar para desenhar a visão de dez anos, rever o modelo de negócio, criar oportunidades, mitigar riscos e sair na frente no mercado. Existem metodologias para cuidar do que existe, criar o que ainda não existe e inovar para construir a mudança que desejamos.

O fator mais crítico para conseguir fazer isso é tempo. O segundo, coragem de encarar a realidade, que pode não ser tão colorida assim. O futuro exige mudanças agora, em todos os aspectos. Não espere que a mudança seja imposta, antecipe-se.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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