Em plena época de Páscoa, o público que frequenta a área central de Santa Cruz do Sul tem um privilégio: conferir, e de graça, uma parcela importante da obra de um dos mais importantes artistas plásticos contemporâneos no Brasil.
A Casa das Artes Regina Simonis, na esquina das ruas Marechal Floriano com Júlio de Castilhos, hospeda desde quarta-feira, 5, quando ocorreu a abertura, e até o dia 29 de abril mais de cinco dezenas de peças elaboradas pelo pintor Erico Santos. Sob o título “O Universo Pictórico de Erico Santos – 50 Anos de Arte”, essa mostra inicia por Santa Cruz um roteiro que posteriormente contemplará várias outras cidades do interior, entre as quais Bagé e Caxias do Sul. Antes, já esteve em cartaz em Porto Alegre e em Atlântida.
No vernissage, na quarta-feira, o artista esteve presente, interagindo com o público que prestigiou a cerimônia. Veio a Santa Cruz na companhia do marchand Nicholas Bublitz, sócio-proprietário da Bublitz Galeria de Arte, da capital, que promove a exposição, em parceria com a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, mantenedora da Casa das Artes.
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Ainda à tarde do mesmo dia, Bublitz e Erico Santos estiveram no estúdio da Rádio Gazeta FM 107,9, e participaram do programa Radar, apresentado pelo comunicador Rosemar Santos (ouça a entrevista completa abaixo). Na ocasião, Erico referiu que estivera em Santa Cruz em 2019, quando participou de uma mostra coletiva no mesmo local.
Detalhou igualmente aspectos e temas de seu interesse, que traduz em arte desde a juventude. Natural de Cacequi, cresceu em Santa Maria, onde a sua família se fixara. Posteriormente, mudou-se para São Paulo, onde foi estudar Direito, mas ali passou a atuar no ateliê do restaurador italiano Renzo Gori.
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De volta ao Rio Grande do Sul, e após passagem novamente por Santa Maria, radicou-se em Porto Alegre, desde 1981. E, ao passo em que ainda se dedicava a advogar, mergulhou intensamente na arte. Autodidata, é um mestre em captar a luz e a atmosfera, em óleos sobre tela e também sobre madeira (suporte que utilizou em determinada época).
Na mostra na Casa das Artes, exibe parcela de obras de seu próprio acervo e outras que estão em mãos de colecionadores, cedidas por estes para o recorte de 50 anos de sua produção. E, claro, outras, mais recentes, encontram-se à venda, como boa oportunidade para colecionadores locais.
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