Há 14 anos a Associação Espiritualista Aruanda Jesus de Nazaré presta auxílio espiritual à comunidade de Santa Cruz do Sul e região. Trata-se de instituição sem fins lucrativos e que sobrevive exclusivamente das doações que recebe de seus frequentadores e das mensalidades pagas conforme as condições de cada um dos trabalhadores. Entre procedimentos realizados estão aconselhamentos, cirurgias espirituais, apometrias, limpezas vibracionais e irradiações. Todos podem ser feitos de forma presencial ou a distância, por meio do endereço vibracional.
Conforme o diretor espiritual da Aruanda, Lula Werner, é importante que a população tenha conhecimento sobre a atuação da associação e saiba que ela está aberta para ajudar a todos que tiverem necessidade, respeitadas as limitações de espaço e disponibilidade. “Os que estão aqui dentro já sabem disso, porque em todas as palestras sempre abordamos a espiritualidade e os processos de trabalho para que elas entendam.” Diz que o trabalho é facilitado nos dias atuais. “Antigamente muitos entravam em colapso e hoje não, percebemos que interagem de forma mais lúcida e consciente.”
Salienta que todos os que procuram o local podem ser atendidos, mas é necessário que haja aceitação. Ou seja, o consulente precisa estar disposto a ser ajudado. Werner explica, contudo, que há casos excepcionais, como as crianças autistas, ou de depressão profunda e esquizofrenia, situações em que a consciência fica comprometida. “Há todo um processo de ancorar e explicar, para com o tempo ir trabalhando com essa medicina espiritual. É aí que entram o trabalho mediúnico e a manipulação das energias.”
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Lamenta que muitas religiões ainda proíbam o acesso a esse tipo de atendimento. “Estamos em um bairro católico e nunca tivemos problema, inclusive muitos frequentam a casa, assim como evangélicos, umbandistas e espíritas”, afirma. “Nós não podemos discriminar nenhuma pessoa, até porque, quando elas têm a visão de buscar auxílio aqui, é porque espiritualmente algo já está acontecendo.”
Werner reforça que não se trata de misticismo, esoterismo ou pessoas possuídas por espíritos. “Isso é muito fantasioso, e é justamente essa fantasia que gera medo, desconforto e insegurança. Sabemos o que estamos fazendo.” A Aruanda conta com 92 trabalhadores que atuam em conjunto e se dividem em grupos conforme o procedimento a ser realizado. Os atendimentos presenciais ocorrem às terças, quartas e quintas-feiras, com distribuição de fichas. Antes da pandemia, a casa chegou a realizar mais de 34 mil procedimentos anuais.
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Outro ponto diz respeito a barulho, horários e aglomerações. Todas as sessões exigem o maior silêncio possível e não há lotação expressiva, pois o número de senhas é limitado. O encerramento das atividades dificilmente ultrapassa as 22 horas, de modo que não há nenhum tipo de transtorno para a vizinhança, seja no sentido de perturbação do sossego ou grande movimentação na rua.
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Pessoas atendidas se tornam trabalhadores da casa
Para Lula Werner, o fato de que a maioria dos que trabalham na Aruanda hoje são pessoas atendidas no local no passado mostra o êxito alcançado em prestar auxílio e acolhimento espiritual. Um exemplo é Alexandre Francisco Thier, de 54 anos.
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Ele conta que buscou ajuda na casa durante uma fase de depressão e doença pulmonar grave. Em meio a tudo isso, descobriu um câncer no intestino. “Aqui dentro voltei a sorrir, me perguntavam como eu podia fazer isso mesmo com tantos problemas e eu não sabia explicar, apenas sorria.” Curado, hoje trabalha na casa como forma de agradecer pelo amparo que recebeu em um momento tão difícil.
Situação semelhante ocorreu com Schayane Schmitz, 40 anos. Com quadro de depressão e em momento de desespero, ela procurou a Aruanda e foi acolhida mesmo quando não havia mais fichas disponíveis. “Fui atendida naquele dia e passei a ter acompanhamento. Consegui curar a minha depressão e então fui convidada para trabalhar aqui.” Ela começou fazendo a recepção dos consulentes e participando aos poucos dos grupos de estudos, processo pelo qual passam todos os trabalhadores. “Eu sentia muita gratidão pela forma como fui ajudada e sentia que precisava fazer isso por outras pessoas.”
Frequentador mais recente, o empresário Ido Düpont fez relato emocionado. “Quero deixar registrada a felicidade que sinto por ter encontrado isso aqui, alguém me guiou para isso.” Diz que muitas vezes não consegue comparecer em função do excesso de trabalho e acaba sempre arrependido. “Parece que não estou dando importância para as coisas que recebo aqui, começando pelo amor, carinho e preocupação que todos têm em ajudar sem ter o mínimo de interesse.” Afirma que descobriu na casa o quanto as pessoas têm poder e isso está presente em todos.
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