Recentemente, a mídia noticiou a possibilidade de o atacante uruguaio Luis Suárez, do Grêmio, se aposentar por conta de dores no joelho direito, decorrentes de uma artrose. Também conhecida como osteoartrite, trata-se de uma doença inflamatória e degenerativa caracterizada pelo desgaste da cartilagem (tecido que reveste a extremidade das articulações sinoviais) e que ocasiona dor, inchaço e deformidades. Quando as camadas da cartilagem desgastam, os ossos aproximam-se progressivamente um do outro. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa é a terceira causa de afastamento do trabalho no Brasil e a quarta causa de redução da qualidade de vida no mundo.
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A estimativa do Ministério da Saúde é de que o problema atinja, atualmente, 15 milhões de brasileiros. Mesmo sendo considerada uma enfermidade da terceira idade, o crescente número de casos entre atletas e praticantes de esporte de alta performance chama a atenção da ciência e já resulta no desenvolvimento de pesquisas acerca do assunto. De qualquer modo, o que se sabe é que qualquer pessoa pode desenvolver a doença em algum momento da vida. Para o traumatologista e ortopedista Paulo Cezar Schutz, de Santa Cruz do Sul, especialista em medicina regenerativa, uma das formas de prevenir a artrose é a prática de atividade física de forma moderada, tendo em vista que “a cartilagem se nutre com o movimento”.
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Ele explica que, nesses casos, a dor é um alerta importante para buscar atendimento médico. “É impossível ter artrose e não ter sentido dor em algum momento”, destaca, observando que outro indício é a limitação funcional. Schutz também menciona a importância de identificar os motivos que causaram a artrose, como, por exemplo, alguma lesão anterior. “O atleta de alta performance sofre ao longo da vida muito estresse mecânico sobre o joelho. E isso, um dia, vai repercutir na forma de dor”, acrescenta. Como tratamento, ele considera importante as práticas que não causem mais danos e que estão associadas à medicina regenerativa. Para tanto, podem ser utilizados medicamentos nutracêuticos ou células do próprio paciente para fazer com que o tecido lesado se regenere.
Dentre as opções disponíveis, estão a proloterapia (injeções de soluções intra-articulares para estimular a regeneração); a mesoterapia, com o uso de produtos fitoterápicos injetáveis; e injeções intra-articulares, guiadas por ultrassom, de ácido hialurônico, que pode ser encontrado em três formas: sintético, semissintético ou bioidêntico. “O melhor ácido hialurônico é o bioidêntico. Ele é um preenchedor de espaços e excelente anti-inflamatório que melhora a viscosidade entre as superfícies ósseas das articulações e tem a propriedade de funcionar como um amortecedor hidráulico”, detalha Schutz.
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Além disso, é possível fazer a aplicação injetável, em lesões osteoarticulares, com células do próprio paciente, como as plaquetas derivadas do sangue periférico; e com as células aspiradas da medula óssea e ainda as células-tronco mesenquimais, retiradas da gordura ou da medula óssea. “Caso estas técnicas não resolvam o problema, é possível realizar um procedimento minimamente invasivo para limpeza dos tecidos degenerados, sucedida das aplicações de ácido hialurônico associado às células”, informa, ressaltando que a utilização de prótese seria indicada somente como última alternativa de tratamento.
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