Com obras interpretadas por cantoras como Gal Costa e Ana Carolina, Arthur Nogueira apresenta o clipe “Era só você”. De sua autoria, essa faixa integra o álbum “Rei Ninguém”, quarto título da discografia do cantor e compositor paraense, produzido com patrocínio Natura Musical.
No novo clipe, Arthur Nogueira se movimenta de forma a criar os efeitos de luz e sombra que servem de cenário a uma memorável história de amor. “A letra da música descreve muitas imagens. Conta uma história que se passou em um cenário específico, no caso, as praias do Paraíso e do Marahu, perto de Belém, a cidade onde nasci. No entanto, o mais importante não é esse cenário absoluto, mas o sentimento partilhado em meio àquela paisagem, entre duas pessoas específicas. Por isso, ao invés de se valer de imagens reais do lugar, o vídeo aposta em um jogo visual que, assim como a letra da música, evoca a matéria de maneira poética”, conceitua o artista.
Dirigido por Luan Cardoso, responsável por todo o conteúdo em vídeo do projeto “Rei Ninguém”, que inclui ainda um documentário e cenas das gravações da faixa “Consegui”, o clipe de “Era só você” é coerente com o trabalho de Arthur Nogueira, que, segundo o diretor, é “sensível e minimalista”. “Como influência para conceber o vídeo, posso citar, por exemplo, o fotógrafo israelense Moshe Brakha, referência no uso de cores e sombras”, conta Luan. O diretor esclarece que nenhum trabalho de sobreposição de imagens foi realizado durante a pós-produção. Todos os resultados de luz e sombra partiram dos movimentos de Arthur, captados entre os refletores montados no Teatro da Rotina, em São Paulo.
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O álbum “Rei Ninguém”
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Em “Rei Ninguém”, patrocinado pelo Natura Musical e lançado em CD com o selo Joia Moderna, Arthur Nogueira inaugura novo momento de sua carreira, ao deixar de lado a eletrônica dos discos “Presente” (2016) e “Sem medo nem esperança” (2015) e apostar em uma sonoridade mais orgânica.
Gravado ao vivo durante uma imersão em um estúdio no interior de São Paulo, o CD tem produção do próprio Arthur e arranjos criados em parceria com a banda, formada por Allen Alencar (guitarra), Filipe Massumi (violoncelo), João Paulo Deogracias (baixo e synth), Richard Ribeiro (bateria e percussão) e Zé Manoel (piano e teclado).
Nas letras, o compositor abre novos universos poéticos, em músicas criadas para versos de Eucanaã Ferraz e Rose Ausländer (poeta de língua alemã e origem judaica), na versão em português de um clássico de Bob Dylan (“You’re gonna make me lonesome when you go”) e em homenagens a Ferreira Gullar e Waly Salomão. O álbum inclui também duas novas parcerias com o poeta Antonio Cicero, eleito recentemente Imortal da Academia Brasileira de Letras, intituladas “A hora certa” e “Consegui” (esta cantada em dueto arrebatador com Fafá de Belém).
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Como fica claro na letra de “Era só você”, o álbum “Rei Ninguém” celebra as coisas que se realizam plenamente na hora certa, isto é, que acabam quando têm que acabar e não se alongam em “estado de decomposição” ou “se enterram bem antes de acabadas”. “Nas canções do disco”, escreve o jornalista Leonardo Lichote, “tudo se desfaz, tudo se refaz — e se desfaz, e se refaz”.
“Rei Ninguém” foi lançado em CD em 2017, com um circuito de shows que passou por São Paulo, Belo Horizonte e Belém. A esperada versão LP, que conta com projeto gráfico da artista plástica Elisa Arruda, está prevista para chegar ao mercado ainda no primeiro semestre de 2018.
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