O plantio do arroz na safra atual já está encerrado no Vale do Rio Pardo. Segundo apontamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), a redução da área ocupada com o cereal chega a 15% – e dois terços desse total foram substituídos com soja. A maioria das lavouras está em fase vegetativa, apenas com algumas áreas ainda em etapa reprodutiva. A expectativa é de uma boa produtividade, segundo Ricardo Tatsch, coordenador do Irga na região e chefe do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate).
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“Em torno de 90% da área foi semeada dentro da época recomendada, o que propicia uma maior produtividade. As lavouras, no geral, estão boas. Algumas com problemas de controle de plantas daninhas, principalmente pela falta de chuva no momento de controle. O solo estava muito seco e os herbicidas não funcionaram tão bem, mas nada que vá atrapalhar a produtividade”, analisa.
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O clima não chegou a apresentar dificuldades para os produtores. Mesmo com a falta de chuva, a maioria das lavouras segue se desenvolvendo como o esperado. “Temos algumas áreas isoladas já com problemas de irrigação por não terem água disponível, mas no geral, a maioria das lavouras está com um bom potencial produtivo.”
Ricardo Tatsch destaca que os municípios do 5º Nate (Rio Pardo, Encruzilhada do Sul – parte norte – e Pantano Grande) tiveram uma redução de 2.010 hectares da área plantada. Rio Pardo passou de 8,1 mil hectares na safra passada para 6,8 mil hectares agora, diminuição de 16,04%. Já em Pantano Grande a área plantada encolheu de 4.350 para 3.740 hectares, e Passo do Sobrado teve redução de 650 hectares para 550 hectares.
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Os altos custos de produção e o maior rendimento da soja explicam a opção dos agricultores, segundo o Irga. “Com os preços (do arroz) trabalhados no momento do plantio, estava inviável. Agora já melhorou um pouco, vai se tornar viável para aqueles que plantaram”, diz. “Outra questão é que, com a soja, o produtor tem uma grande produtividade nas áreas de várzea, remuneração até maior do que a do arroz.” Além disso, o plantio da soja é benéfico para a terra que irá receber o arroz na safra seguinte, por auxiliar na eliminação de espécies invasoras e na oxigenação do solo.
“Várias áreas de arroz estão com problemas de invasoras, como o arroz vermelho. Então, essa rotação pode ajudar no ciclo seguinte. Desses 15% de redução na área do plantio do arroz, pelo menos 10% passaram para soja”, afirma Tatsch.
O secretário de Agricultura de Candelária, Gilvan Moura, ressalta que a soja também está em alta no município. Assim como na região de Rio Pardo, ganhou grande parte da área que antes era utilizada para a cultura do arroz. Foram cerca de 2 mil hectares substituídos. O arroz, que na safra passada ocupou 6,5 mil hectares, agora caiu para 4,5 mil. O clima não afetou o plantio, que já está finalizado.
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Ainda segundo o coordenador do Irga na região, Ricardo Tatsch, a redução da área com arroz pode influenciar o preço final do produto ao consumidor, mas em pequena escala. A cotação do dólar segue como maior influenciador do valor do grão nos mercados. “Pela diminuição de área, aumentam as exportações e reduzem as importações. O estoque de passagem está muito alto, e o Rio Grande do Sul vem ampliando a produtividade por hectare de arroz ano a ano. Está mantendo a produção total mesmo com a redução de área”, explica.
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