No feriado da Independência, no dia 7 de setembro, Beloni Bencke Henn e o marido resolveram sair para almoçar. Quando os aposentados retornaram por volta das 14 horas, encontraram a casa, na Rua Fernando Abott, em uma situação diferente da que eles haviam deixado. A residência havia sido arrombada, estava completamente revirada e uma quantia em dinheiro foi levada pelo ladrão. Esse é um dos casos que motivaram os moradores do Bairro Goiás, em Santa Cruz, a organizarem um encontro na noite de hoje, a partir das 19h30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa). A ideia da reunião é buscar alternativas para evitar novos crimes.
Para entrar na casa da dona Beloni, de 56 anos, em plena luz do dia, o ladrão precisou forçar a proteção instalada junto à janela da cozinha. Ela havia deixado o vidro aberto e, por um espaço estreito, o criminoso conseguiu entrar. “O ladrão jogou as roupas no chão e colocou refrigerante que estava na geladeira por cima. Só pra bagunçar”, conta a moradora. Em seguida fugiu, levando apenas dinheiro. “Eles entram por qualquer lugar. Encontram um espacinho.”
Essa foi a primeira vez que entraram na casa da dona Beloni, mas ela já perdeu a conta do número de vezes que arrombaram o caminhão do marido. Ele, apesar de aposentado, ainda faz alguns fretes. “Agora tivemos que arrumar uma garagem pra guardar. Acho que furtaram itens do caminhão mais de 20 vezes. Uma vez tentaram levar o toldo. Isso pesa mais de 100 quilos.” Durante a construção da moradia, há quatro anos, os furtos de cabos, fios e maquinários eram frequentes. “Acabamos contratando um vigia pra ficar à noite. Faz o cálculo. Pensa no custo.”
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Assim como a aposentada, outros moradores estão assustados e, por isso, resolveram se unir para buscar alternativas. “Nossa rua está premiada. Está todo mundo com o pé atrás.”
A ideia partiu de Jeferson Perez da Silva. Depois de ter tido a casa arrombada três vezes, ele resolveu aumentar o muro e colocar grades. Porém, vendo que a situação persistia na vizinhança, pensou que algo mais precisava ser feito. “Convidamos a Brigada Militar e a Guarda Municipal. Precisamos ver o que fazer. Talvez contratar uma empresa de vigilância. Não dá pra continuar assim”, diz. Segundo a delegada Ana Luísa Aita Pippi, titular da 1ª Delegacia de Polícia, há casos de furtos no bairro, mas a situação não é alarmante. n
SERVIÇO
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O quê: reunião dos moradores do Bairro Goiás
Onde: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa), na Rua Fernando Abott
Quando: hoje, às 19h30
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