As chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul durante as primeiras semanas de janeiro devem causar reflexos na economia gaúcha, principalmente por ser um período de safra de diversos produtos. Arroio do Tigre, município com o maior número de propriedades rurais da região Centro Serra, está contabilizando os prejuízos nas lavouras e chegou até a encaminhar o pedido de situação de emergência.
Conforme levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar, juntamente com a Afubra, Cotriel e Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, os danos à produção agrícola totalizam R$ 14.315.500,00 milhões, ou 3,248 toneladas. O fumo foi o mais atingido, com 4.160 hectares atingidos, apresentando uma perda de 15% da previsão inicial de produtividade. As variedades burley, em especial, são as que mais apresentam prejuízos, por conta de seu processo de secagem natural, afetado pelo excesso de umidade.
Já a produção de soja deve ter perdas em torno de 5%, com o abortamento de flores e vagens na fase inicial. O longo período de molhamento foliar, bem como a alta umidade do ar pode desencadear problemas relacionados a dificuldade de controle de doenças e pragas. A cultura encontra-se no período de floração, e a área plantada no município é de 9,5 mil hectares. O feijão, na primeira safra, teve 80 dos 240 hectares plantados atingidos, impossibilitando a colheita e perda da qualidade do produto.
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O milho acabou sendo o menos prejudicado num primeiro momento. A primeira safra no município teve expectativa de plantio de 1.050 hectares, produção que não deve ter perdas com as chuvas. Já, em relação a segunda safra (de 3.050 hectares), a preocupação se dá porque os produtores não conseguiram realizar o plantio até o prazo final, que era de 20 de janeiro.
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