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Armas químicas teriam sido utilizadas por combatentes na Síria

Especialistas em armas químicas determinaram que gás mostarda foi usado em uma cidade síria onde insurgentes do Estado Islâmico (EI) lutavam contra outro grupo, de acordo com um informe da OPAC (Organização para a Proibição de Armas Químicas).

Um relatório confidencial da OPAC, publicado na última quinta-feira, 29, concluiu “com extrema confiança” que pelo menos duas pessoas foram expostas a gás mostarda na cidade de Marea, a norte de Aleppo, em 21 de agosto. “É muito provável que o efeito da mostarda sulfúrica tenha resultado na morte de um bebê”, diz o relatório.

O informe oferece a primeira confirmação do uso de mostarda sulfúrica, conhecida como gás mostarda, na Síria, desde que esta concordou em destruir seu depósito de armas químicas, que incluíam a substância. O relatório não menciona o EI, já que a missão não tinha como objetivo apontar culpados, mas fontes diplomáticas afirmam que o produto químico foi usado nos conflitos entre o EI e outro grupo rebelde que acontecia na cidade naquele momento.

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“Isso traz a questão de onde teria vindo a mostarda sulfúrica”, afirmou uma fonte da OPAC. “Ou o EI conseguiu a tecnologia para fazê-la ou pode ser oriunda de um arsenal não declarado e tomado pelo grupo. As duas opções são preocupantes”.

A Síria deveria ter entregado todos os químicos tóxicos há um ano e meio. Seu uso viola resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e a Convenção de Armas Químicas de 1997.

As informações fazem parte de três relatórios disponibilizados a membros da OPAC na semana passada. Elas são uma evidência a mais do fato de que o EI conseguiu obter e vem utilizando armas químicas no Iraque e na Síria.

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Autoridades do Curdistão afirmaram dias atrás que militantes do EI lançaram morteiros contendo gás mostarda durante confrontos em agosto. Foram retiradas amostras de sangue de cerca de 35 soldados, expostos em um ataque próximo a Erbil, que continham “traços” da substância tóxica, segundo o governo curdo.

Um grupo de especialistas da OPAC foi enviado ao Iraque para confirmar as informações e deve obter amostras próprias neste mês, de acordo com um diplomata.

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