Eram 6h24 dessa quinta-feira, 7, quando um policial civil estourou com um chute a porta de uma residência na Rua Tiradentes, região central de Vera Cruz. No imóvel morava um vigilante de 35 anos, alvo principal da Operação Senhor das Armas, deflagrada a partir de uma investigação traçada em sigilo ao longo dos últimos quatro meses pela Polícia Civil.
Preso preventivamente, o homem é apontado como o autor do furto de mais de cem armas de fogo em uma empresa de segurança. A ordem para sua captura foi solicitada pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, e autorizada pelo juiz Guilherme Roberto Jasper. Na casa do investigado foram apreendidos um revólver calibre 38 com numeração raspada, centenas de munições dos calibres 12 e 38, coldre, radiocomunicadores e um HD.
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Os agentes ainda encontraram na casa cerca de R$ 30 mil em dinheiro, enrolado em pacotes e escondido em cima de um armário. Segundo as investigações, os furtos iniciaram no mês de julho. De lá pra cá, foram levados 106 revólveres, uma pistola e uma espingarda calibre 12 da empresa de segurança, além de uma expressiva quantidade de munições.
O prejuízo total ao empregador do vigilante chegou a R$ 450 mil. “Essa quantidade de armas vinha sendo subtraída há algum tempo, mas a empresa só foi perceber recentemente. Então essa ação começou a ser questionada, pois o local onde era guardado o armamento não estava violado”, comentou a delegada Lisandra, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz.
“Iniciamos a investigação e identificamos esse suspeito. Descobrimos que ele vinha subtraindo as armas e as repassando inclusive para representantes de uma facção de importância no mundo do crime”, complementou. Segundo ela, esse fato chamou a atenção. “Nos preocupou muito, porque é uma forma de abastecer e municiar o crime organizado por meio do fornecimento de material bélico.”
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