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Argentinos vão às ruas em memória de vítimas do golpe militar

Familiares e integrantes de diversos movimentos sociais dedicados à busca e à memória dos presos e desaparecidos durante a ditadura na Argentina, entre eles as Avós da Praça de Maio, convocaram uma marcha para esta quinta-feira, 24, pelo centro de Buenos Aires para marcar os 40 anos do golpe militar no país.

Os manifestantes carregaram uma grande bandeira com retratos das pessoas presas e desaparecidas durante o regime militar argentino. Na chegada à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede do governo, foi feita a leitura de um documento com um balanço sobre as quatro décadas do golpe de Estado que derrubou a presidenta María Estela Martínez de Péron, conhecida como Isabelita Péron, em 24 de março de 1976. 

Homenagem

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“Hoje é uma oportunidade maravilhosa para que todos os argentinos gritem: nunca mais à violência institucional”, afirmou nesta quinta-feira o presidente argentino, Mauricio Macri, após uma visita ao Parque da Memória, monumento em frente ao Rio da Prata em homenagem aos mortos e desaparecidos.

Macri esteve acompanhado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, em seu último dia de visita à Argentina, homenageou as vitimas da ditadura no país, que durou de 1976 a 1983. Obama evitou, no entanto, fazer uma condenação clara aos ditadores argentinos, o que provocou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos. Durante o regime, integrantes de organizações de esquerda e opositores ao regime foram duramente perseguidos. 

Vigília

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À tarde, milhares de pessoas são esperadas para uma vigília em frente ao Congresso argentino, num protesto que foi chamado de Encontro Memória, Verdade e Justiça, sob o slogan: “Não ao ajuste, o confisco e a repressão. 30 mil companheiros detidos e desaparecidos. Presente!”

Outros atos estão previstos em diferentes províncias do país. Em Córdoba, por exemplo, movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos sairão em passeata sob o lema “A luta não termina: os 30 mil mais presentes que nunca”.

Em Rosário, capital da província de Santa Fé, serão plantadas árvores no Bosque da Memória, para homenagear os desaparecidos e sobreviventes da ditadura argentina.

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