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Área cultivada com trigo será menor na região

A área total cultivada com trigo na região será menor para a safra deste ano. A regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que engloba o Vale do Rio Pardo, estima que a produção diminua de 91,6 mil hectares para 88,5 mil hectares. A queda do preço do cereal e alta nos custos de produção são fatores que contribuem para o cenário.

A cultura de inverno esteve em constante evolução desde 2019, com uma produção de 30 mil para 90 mil hectares na última safra, nos 39 municípios de abrangência da sede regional da Emater de Soledade. Neste ano, no entanto, o comportamento dos produtores está diferente. “Quando o preço está bom, o produtor planta mais. Quando o preço cai, essa área é diminuída. Agora não há expectativa de aumento significativo do valor pago pela saca do trigo”, explica o engenheiro agrônomo Josemar Parise, extensionista rural da Emater Soledade.

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Para a safra 2023, Parise sublinha que, com a diminuição do número de hectares em razão do preço, a colheita também vai registrar uma pequena queda em relação à safra anterior. A expectativa é de uma colheita de três toneladas de grãos por hectare, ou seja, média de 50 sacas de trigo por hectare. Ano passado, no início da colheita, o valor pago pela saca de 60 quilos chegou a R$ 110,00; hoje está em R$ 67,00. “Isso motivou os produtores a cultivarem menos, pois a relação de custo-benefício se tornou desfavorável ao agricultor.”

Apesar da redução em área cultivada, Parise diz que muitos produtores mantiveram a mesma proporção do ano passado, como forma de recuperar receitas, em função dos custos da safra de verão, que sofreu com a estiagem. “Eles apostaram na safra deste ano para cobrir esses custos.”

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O extensionista rural também ressalta as boas condições climáticas na região até o momento, que devem colaborar para a produção da cultura. “O clima tem sido bom para a semeadura, que teve início no final de maio e seguiu até julho. Até o momento, as lavouras estão bem estabelecidas, em fase vegetativa”, complementa. No entanto, o fenômeno climático El Niño causa preocupação. “Na fase de colheita, a partir de outubro, há previsão de muita chuva, o que preocupa em questões como a qualidade do grão”, alerta.

No Estado, tendência também é de redução

A secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação estima que o Rio Grande do Sul tenha a sua segunda maior safra de trigo da história. No entanto, conforme levantamento feito pela Emater, a produção estimada do cereal para a safra deste ano é de 5.625.889 toneladas, envolvendo trigo, aveia branca grãos, cevada e canola. É 12,81% inferior à safra passada, considerada a maior da história do Estado, com 6.452.337 toneladas.

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No levantamento, realizado em 382 municípios gaúchos produtores de trigo, está prevista uma redução de 14%, passando de 5.288.030 toneladas obtidas no ciclo 2022 para 4.548.934 toneladas previstas para este ano. Assim como no Vale do Rio Pardo, a queda da safra no Estado decorre da diminuição da área a ser cultivada de 1.505.704 hectares (-1,5% em relação ao ano anterior).

Hectares plantados por município*

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