Os municípios produtores de trigo no Vale do Rio Pardo devem reduzir as áreas cultivadas na safra deste ano. A estimativa é da regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que engloba a região. O total semeado tende a diminuir de 18.455 hectares para 13,9 mil hectares. Uma queda de 24,7% em relação ao ano passado.
Essa baixa é reflexo do excesso de chuva registrado em 2023, durante o período de colheita. Apesar da estimativa, o engenheiro agrônomo Josemar Parise, extensionista rural da Emater Soledade, afirma que a atividade deverá ser bem conduzida nesta safra, sendo possível uma resposta favorável em termos de receita.
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“A colheita vai ocorrer entre a segunda quinzena de outubro e o início de novembro. Conforme os prognósticos climáticos, deverá ser um período de pouca chuva, o que favorece a operação, mantendo a produtividade nos patamares normais”, disse. Em virtude da enchente de maio, Parise ressalta que houve perda na fertilidade do solo, o que está sendo corrigido pelos produtores.
No baixo Vale do Rio Pardo, Encruzilhada do Sul, Venâncio Aires, Vale Verde e General Câmara são os municípios que mais devem reduzir o cultivo. Já Pantano Grande e Rio Pardo – maiores produtores – tendem a manter a produção. De acordo com Parise, a relação custo–benefício fica desfavorável ao agricultor. “Teve a elevação de custo de produção, isso também contribui para a redução no plantio.”
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Em relação à semeadura do trigo, que começou na segunda quinzena de junho, produtores do Centro-Serra atingiram 80% da área e devem encerrar o plantio nos próximos dias. No baixo Vale do Rio Pardo, esse percentual fica entre 15% e 20%, devendo evoluir para 50% com a expectativa de predominância de tempo seco.
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