O plantio de soja foi concluído no Rio Grande do Sul no mês passado. Em função do excesso de chuva registrado nos últimos meses, a semeadura foi realizada com atraso pelos agricultores gaúchos. A estimativa da Emater-RS/Ascar é de que a safra 2023/2024 atinja 6,7 milhões de hectares, com perspectiva produtiva de 3,3 mil quilos por hectare.
O baixo Vale do Rio Pardo deve ser responsável por 721 mil toneladas do grão, o que pode representar 12 milhões de sacas. Conforme a Emater/RS Soledade, a maior parte do produto foi semeada em dezembro do ano passado, gerando algumas falhas na plantação, em virtude da chuva. “Teve mais radiação solar e as temperaturas ficaram dentro do padrão para a agricultura, favorecendo o crescimento das plantas”, afirma o engenheiro agrônomo Josemar Parise ao explicar que o tempo foi favorável no período.
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O extensionista rural da Emater Soledade ressalta que o total de área cultivada na região aumentou 5% em relação à última safra, passando de 482 mil para 506 mil hectares. “Estamos com uma expectativa de colher 55 sacas por hectare nos municípios da região. No ano passado, chegou a 36 sacas, em função da seca”, comenta.
A colheita da oleaginosa inicia-se em março e segue até abril. Atualmente as plantas estão ganhando estrutura, com bom desenvolvimento. Conforme dados da Emater Soledade, 45% da área cultivada está em fase vegetativa e o restante em reprodutiva. “Apenas 10% está no período de enchimento de grãos. Por isso, é importante os agricultores fazerem o monitoramento das pragas e da doença conhecida como ferrugem, nas plantas”, orienta o engenheiro agrônomo.
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Alguns municípios da região se destacam com o aumento na área plantada. É o caso de General Câmara, que passou de 10 mil para 15 mil hectares nesta safra. Passo do Sobrado, Rio Pardo e Vale Verde também registraram incremento nas lavouras. O valor médio de compra da saca do produtor está em R$ 114,00. “Podemos considerar como um valor satisfatório, já que está compensando o custo de produção”, observa Parise.
Uma avaliação feita pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro/RS) aponta que, apesar da melhora na safra de soja, a formação dos preços para a cultura não está respondendo da mesma forma. De acordo com a entidade, esse é o menor valor praticado no Rio Grande Sul desde o ano de 2020.
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Safrinhas de feijão e milho perdem espaço
Conforme a Emater/RS-Ascar Soledade, a cultura do feijão foi pouco expressiva na região na última safra, atingindo apenas 1,8 mil hectare. O produto foi prejudicado pela alta incidência de chuva. Com a queda na qualidade do grão, a plantação vem perdendo espaço para a soja.
O milho safrinha é outro produto que sentiu os impactos da chuva. A expectativa é de que a colheita renda de 120 a 150 sacas por hectare. O grão também ficou suscetível a doenças, o que causou alguns prejuízos aos agricultores. Assim como o feijão, a atividade perde espaço para a soja, gerando uma redução de 80 mil hectares para 73 mil hectares.
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