Aprovação de projeto na Câmara abre caminho para concessão do Parque da Cruz

Por unanimidade, os vereadores de Santa Cruz aprovaram ontem à noite a autorização para concessão por 30 anos do Parque da Cruz. Duas décadas e meia após a inauguração, o complexo de 12 hectares no Bairro Monte Verde, conhecido por oferecer uma das visões mais bonitas da cidade, será o primeiro do município a ser gerido pela iniciativa privada.

A proposta prevê que a concessão irá abranger toda a área do parque e não apenas o restaurante, como se previa inicialmente. Projetado durante o governo Telmo Kirst, o prédio foi concluído ainda no ano passado, mas não atraiu interesse de investidores. Com isso, o governo decidiu ampliar o foco da concessão, incluindo outros serviços que poderão ser oferecidos por quem vencer a licitação.

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Na tribuna, o vereador Bruno Faller (PDT) elogiou a solução encontrada pelo Palacinho. “Parabenizo a administração por estar resolvendo o caso de um ‘elefante branco’ que está colocado lá no Parque da Cruz”, afirmou. Já o líder de governo, Henrique Hermany (Progressistas), lembrou que o projeto original do parque, construído durante a gestão do pai dele, o ex-prefeito Edmar Hermany, previa um aproveitamento turístico do local que até hoje não foi plenamente explorado. “Ele viu naquele local um potencial turístico, o que nós demoramos quase 30 anos para ver. E o investimento privado pode ser uma alternativa para potencializar aquele ambiente”, disse.

Henrique alegou ainda que o modelo de concessão vem sendo levado para diversos parques nacionais e estaduais, como o Parque do Caracol, em Canela, o Parque Harmonia, em Porto Alegre, e os Aparados da Serra, em Cambará do Sul.

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O edital deve ser lançado ainda neste semestre. O futuro concessionário será responsável por todos os ambientes do parque, incluindo estacionamento, banheiros, guarita, anfiteatro, arquibancadas e mirante, além do restaurante. Embora a lei aprovada proíba expressamente a cobrança de ingresso para acesso ao parque – salvo em casos de “atividades específicas” que serão previstas no edital e com autorização prévia do Município –, outras atrações poderão ser comercializadas, como rapel e trilhas, aluguel de bicicletas e quiosques de alimentação, por exemplo.

O valor de aluguel previsto é de cerca de R$ 15 mil. O governo, porém, estuda conceder um incentivo ao concessionário nos primeiros anos, na forma de um desconto progressivo. Na versão original do projeto encaminhado à Câmara, a duração prevista da concessão era de 20 anos, mas o governo alterou para 30 por meio de uma mensagem aditiva enviada na última sexta-feira, 3. O prazo é o mesmo previsto no projeto da nova concessão do Quiosque da Praça, que também está em tramitação na Câmara.

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Decidido a apostar nas parcerias público-privadas, o Palacinho também já decidiu que irá conceder a gestão do espaço Bierhaus, no Parque da Oktoberfest. Uma das ideias em discussão é a de implantar um restaurante com gastronomia típica que funcione o ano inteiro. Outros parques do município, porém, como Oktober, Gruta, Parque de Eventos e Autódromo Internacional, não estão no radar por enquanto.

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Guilherme Bica

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