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SAÚDE

Após tratamento com células-tronco, bebê santa-cruzense retornou da Tailândia na semana passada

Foto: Arquivo Pessoal

Ao completar um ano de vida no mês de fevereiro, o pequeno Lorenzo pôde realizar viagem com os pais Maikielle Machado dos Passos e Wellingthon Medina Rech para a Tailândia, onde neste mês de março realizou um tratamento experimental com células-tronco, em hospital que recebe pacientes de todas as partes do mundo.

Lorenzo foi diagnosticado, aos quatro meses, com hipoplasia bilateral do nervo óptico, sendo portador de visão baixa. A partir do diagnóstico e sem opções de tratamento, apenas estimulações, os pais do bebê, sobradinhenses que residem atualmente em Santa Cruz do Sul, viram uma possibilidade para melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida do filho, pesquisando e entrando em contato com uma clínica localizada em Bangkok.

Lorenzo completou um ano de idade em fevereiro

Uma campanha mobilizou a região central e também pessoas de outras localidades, que auxiliaram na arrecadação do valor de R$ 200 mil para cobrir custos para o tratamento, incluindo a viagem ao continente asiático. A iniciativa “Pelos olhos do Lorenzo” possibilitou com que o bebê realizasse, segundo a mãe, um tratamento experimental, que incluiu a aplicação/transplante de 120 milhões de células-tronco, utilização de câmara hiperbárica, estimulação magnética transcraniana (TMS), além de sessões de estimulação visual, fisioterapia, acupuntura e terapia ocupacional (TO), entre outros. “Quando chegamos eles nos deram um cronograma, que incluía de quatro a cinco terapias quase todos os dias. As atividades eram praticamente as mesmas diariamente, mas pelo Lorenzo ser um bebê, para ele se tornava mais cansativo. As aplicações das células-tronco foram intercaladas duas vezes na semana. No dia seguinte, ele ficava cansado e com mais irritabilidade, foram dias intensos. Eles nos explicaram que, principalmente logo após as aplicações, estaria sentindo uma mudança enorme dentro do corpo dele”, explica a mãe.

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O período de estadia no país, segundo Maikielle, foi de aproximadamente 14 dias, ficando acomodados no próprio hospital, que possui estrutura para atendimento integral na unidade e assim ter um acompanhamento contínuo do paciente. Conforme a mãe, foram muito bem recebidos e, mesmo em um país com idioma diferente, sendo uma unidade de saúde que atende pessoas de diversos países, também havia funcionários brasileiros, ou mesmo através da língua inglesa e de aplicativo de tradução simultânea foi possível se comunicar e compreender o passo a passo do tratamento.

Lorenzo com os pais e parte da equipe que o atendeu no hospital na Tailândia

De acordo com Maikielle, trata-se de um tratamento experimental, no qual o hospital tem sido referência com células-tronco para pessoas com diferentes diagnósticos. Desta forma, por cada organismo reagir de uma forma diferente, cada paciente deve apresentar uma melhora de maneira distinta, e, segundo ela, foi explicada também a relevância dos cuidados pós-tratamento, com a necessidade de atividades para estimulação visual e terapia ocupacional. “Na nossa última consulta com o médico lá, ele comentou que os profissionais relataram que o Lorenzo está acompanhando o estímulo até o centro do olho, o que ele não fazia antes, apenas na parte inferior. Isso foi um resultado meio que imediato, mas, claro, ele ainda não acompanha sempre, é algo que está fazendo eventualmente e que antes ele não fazia”, relata.

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Já em Santa Cruz do Sul, Lorenzo seguirá neste período pós-aplicação das células-tronco com terapias de reabilitação visual, fisioterapia e acompanhamento, visando que os estímulos sejam constantes em busca de possibilitar a ele uma melhor qualidade de vida.

Nas redes sociais, Maikielle publicou um breve relato sobre a experiência: “Depois de 14 dias muito desafiadores em Bangkok, estamos finalmente de volta. Foram dias intensos, cheios de angústia, choro e incertezas, mas com a certeza de que tudo isso foi por um propósito maior: o tratamento que pode transformar a vida do nosso pequeno Lorenzo. A jornada não foi fácil, principalmente para ele, que teve uma rotina intensa todos os dias. O cronograma estava sempre cheio, e duas vezes por semana ele passou pelas aplicações de células-tronco, um passo fundamental nesse processo. Foram momentos de muita dor para ele e de angústia para nós, pois ver nosso filho sofrendo sem poder aliviar seu desconforto foi, sem dúvida, uma das partes mais difíceis de toda essa experiência. Além disso, enfrentamos desafios com o fuso horário, a alimentação e todas as dificuldades que uma viagem tão longa traz, ainda mais com um bebê de apenas um ano. O voo também foi um grande obstáculo, mas cada momento difícil só reforçou nossa fé e determinação. Queremos, mais uma vez, agradecer do fundo do coração a cada pessoa que contribuiu para essa campanha. Sem vocês, nada disso teria sido possível. Sabíamos que não seria simples, mas seguimos confiantes de que, em breve, Lorenzo começará a apresentar melhoras e, se Deus quiser, poderá ver o mundo como nós vemos. Seguimos com fé e esperança. Obrigado por estarem com a gente nessa caminhada.”

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