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Após susto com a chuva, municípios da região retornam à normalidade

O fim da última semana foi de muita chuva e transtornos causados por um ciclone no Rio Grande do Sul. No Vale do Rio Pardo, foram constatados problemas, pelo menos, em Santa Cruz e em Venâncio Aires. Os santa-cruzenses no Bairro Várzea viram a água tomar a Rua Irmão Emílio. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Gilberto Reis, nenhuma família chegou a ficar desalojada. “Apenas foi efetuado o transbordo dos moradores para desenvolverem suas atividades”, conta.

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Em uma dessas passagens para via alagada, um susto para quem estava no caminhão. Recentemente, relatam moradores, foi feita a instalação de uma rede de água e a terra ainda não estava compactada. Quando houve a cheia, levou parte da via, deixando um grande buraco. O veículo teve um solavanco ao passar, assim como o caminhão do Corpo de Bombeiros.

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A equipe da Prefeitura colocou terra para cobrir, mas formou-se lama e isso tem gerado transtornos. Três automóveis atolaram e foram removidos por moradores. Fita zebrada e cones estão na pista para evitar novos incidentes. Quanto à água, ressalta Gilberto Reis, ainda na sexta-feira retornou à normalidade, possibilitando a passagem de veículos menores.

Em Venâncio Aires, o prefeito Jarbas da Rosa decretou situação de emergência. As partes mais baixas, como o Loteamento Artus e os bairros Morsch, União e Batisti, foram as mais atingidas. Até esse domingo, 18, a ERS-442 estava interrompida em função de um desmoronamento de barreira, na região serrana.

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O coordenador da Defesa Civil de Venâncio Aires, Luciano Teixeira, ressalta que não há desalojados no município e os níveis dos rios voltaram à caixa normal. As pessoas que quiserem ajudar aqueles que tiveram perdas podem levar alimentos, colchões, cama, agasalhos e calçados até o Corpo de Bombeiros.

Governador anuncia R$1,1 milhão para municípios atingidos pelo ciclone

O governador Eduardo Leite anunciou o repasse de R$ 1,1 milhão para cinco municípios atingidos por um ciclone extratropical. Os valores serão destinados para minimizar os impactos do fenômeno.

Por meio de sua conta no Twitter, Leite explicou que o recurso é resíduo do montante que foi destinado para outra emergência climática que aconteceu em março no Estado. Na tarde de sexta-feira, o vice-governador Gabriel Souza, o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, e o diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, realizaram uma visita aos locais mais atingidos pelo ciclone no Litoral Norte.

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Nesta segunda-feira, Souza coordenará reunião com os prefeitos de 11 municípios do Litoral Norte atingidos pelas fortes chuvas dos últimos dias. O encontro terá a presença de órgãos de Defesa Civil do Estado e da União e ocorrerá no auditório do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral, em Osório. “Por determinação do governador Eduardo Leite, vamos debater os próximos passos em conjunto com os municípios. Precisamos ajudar as pessoas que perderam suas casas, seus móveis, e também recuperar as estradas danificadas pelas chuvas”, explica o vice-governador.

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No sábado, o governador e os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, vistoriaram as regiões atingidas e solidarizaram-se com os desalojados.

Saiba mais

O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec)

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O ciclone que atingiu o Sul do Brasil, associado a uma frente fria, formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana passada. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente. No Rio Grande do Sul, os municípios mais atingidos foram Dom Pedro de Alcântara, Itati, Maquiné, Morrinhos do Sul e Três Forquilhas.

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