Após redução da taxa básica de juros para 10,25% ao ano, anunciada hoje, 31, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a queda poderia ter sido mais acentuada se não houvesse influência das incertezas do cenário político.
Em nota, a entidade pediu a solução da crise e a aprovação das reformas estruturais para que o Banco Central possa acelerar o corte na Selic. “A recente turbulência política impediu que o Banco Central acentuasse o ritmo de queda dos juros. A redução de 1 ponto percentual promovida hoje pelo Copom, trazendo a Selic para 10,25% ao ano, poderia ter sido maior, caso o ambiente de incertezas não tivesse dificultado os horizontes da economia.”
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também considerou o corte de 1 ponto percentual conservador. Segundo o presidente da instituição, Paulo Skaf, com a decisão, o Banco Central “retarda o processo de retomada da economia e da geração de empregos”.
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A avaliação da Fiesp é compartilhada pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti. “Na prática, a taxa de juros real está crescendo, o que é ruim para o consumidor e para a economia em geral. Portanto, o Copom precisa cortar a Selic de forma mais intensa nas próximas reuniões.”
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considerou a redução da Selic positiva para o país, mas também avaliou que o corte poderia ter sido maior.
Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse que a decisão do Copom foi “ousada” e que o corte de 1 ponto percentual foi maior do que o esperado, principalmente em meio à crise política.
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