Após polêmica, projeto que valoriza galinha recheada é aprovado

Um projeto de lei singelo, mas que motivou barulho nas últimas semanas em Santa Cruz do Sul, foi aprovado nesta segunda-feira, 28, pela Câmara. Trata-se da proposta que declara a galinha recheada como patrimônio histórico, cultural e gastronômico do município. Embora trate-se de um reconhecimento simbólico e que é corriqueiro na pauta do Legislativo – diversos projetos semelhantes referentes a eventos, locais, entidades e, inclusive, outras iguarias, como a cuca, já foram aprovados –, a proposta motivou uma avalanche de críticas quando foi protocolada, sob alegação de que se tratava de um assunto irrelevante. Há duas semanas, alguns vereadores chegaram a afirmar que o projeto gerava constrangimento à Câmara.

A aprovação, porém, se deu por maioria – um vereador votou contra – e os parlamentares reconheceram a importância da medida, que deve facilitar a captação de incentivos ao Festival Nacional da Galinha Recheada, realizado desde 2017 em Rio Pardinho. “Parece que tem gente que tem vergonha de ter isso em nosso município. Por que ser contra algo que traz recursos, que traz empregos, que traz turismo, que traz pessoas para Santa Cruz?”, cobrou Bruno Faller (PDT). Já Ilário Keller (Progressistas) afirmou que o projeto não gera custos para os cofres municipais e valorizar um prato típico da culinária alemã, enquanto Gerson Trevisan (PSDB) destacou o crescimento do festival nos últimos anos.

Uma comitiva de moradores de Rio Pardinho acompanhou a sessão no plenário. Antes da votação, foi lida uma carta enviada pela Associação Comercial e Industrial (ACI) em apoio ao projeto. A alegação é de que o festival representa “uma importante contribuição para o turismo regional”.

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