Um trágico acidente de carro fez com que a vida do pequeno Titus acabasse precocemente. O menino estava em uma van com quatro de seus oito irmãos quando o carro, dirigido pela mãe, Ashley Grimm, se envolveu em uma colisão enquanto voltava para casa, em Emmett, Idaho, nos Estados Unidos. A tragédia motivou Ashley a postar um texto no Facebook no qual fala sobre o maior medo de uma mãe: perder um filho.
O longo depoimento, publicado no dia 15 de julho, teve quase 415 mil compartilhamentos na rede social. No texto, Ashley fala sobre a importância de as mães “abraçarem seus filhos” e “dizerem o quanto os ama”. No relato, ela ainda pede que as mães não julguem umas as outras, porque isso “aumenta o peso da culpa”.
Ashley conta que, antes de sair do posto de gasolina, verificou os cintos de segurança das crianças e seguiu em uma estrada montanhosoa e cheia de curvas. Uma pedra rolou e bateu no veículo, jogando-o para perto de um penhasco. Titus, que havia tirado o cinto com a ajuda de um dos irmãos, morreu na hora.
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“Como alguns de vocês sabem, passei pelo pior medo de todas as mães. No dia 2 de junho, eu perdi o meu filho mais novo em um acidente de carro horrível. Eu estava dirigindo. Eu já tinha saído de um posto de gasolina e verificado cada fivela [do cinto de segurança] deles. Comecei a dirigir em uma estrada montanhosa e cheia de curvas até a casa da minha família.
Meu filho já era reconhecido por fazer tudo o que podia para desatar a fivela do cinto de segurança (“O The Flash [personagem super-herói] não usa cinto de segurança e eu sou o The Flash, mamãe”). (…) Em média, eu parava o carro de três a quatro vezes em qualquer viagem para firmemente fazê-lo colocar o cinto novamente.”
Em outro trecho, ela continua:
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“Estávamos apenas há cinco minutos dirigindo, quando uma grande pedra rolou em minha pista. Eu tinha três opções: tentar ficar em cima da pedra, passar para a pista contrária, que era uma grande curva com um rio agitado do outro lado. Pedra, cabeça em colisão ou rio. Eu escolhi a pedra. Escolhi errado. E sim, ele já tinha soltado o cinto junto com seu irmão de 8 anos. A pedra bateu no meu eixo, e nos enviou em queda livre para o lado de um penhasco. Nossa van de 13 passageiros rolou e meu filho foi embora na hora. Nossas vidas foram imediatamente separadas. O menino que tinha sido o meu orgulho e alegria foi cruelmente tirado de mim em questão de segundos.
Lembro-me de ser esmagado entre o meu console (sem airbag acionado) e três toneladas da nossa van. Eu tinha sangue em toda parte. Eu lutei e lutei e depois apaguei. Quando acordei, eu estava desafivelando meu bebê de seu assento de carro (ela estava de cabeça para baixo) e trabalhando para achar cada criança (5 dos meus filhos estavam comigo) para fora da van. Quando fui encontrar Titus, usei todas as minhas forças para levantar a van pesada de seu corpo minúsculo. Meu filho de 8 anos de idade estava tentando me ajudar. Eu só podia ver a metade inferior de seu corpo”.
Em outra parte do relato, ela conta que os noticiários tartavam o assunto “como se falassem da mudança do tempo”. No fim do texto, ela salienta a importância de aproveitar a companhia dos filhos, de cuidá-los e amá-los. “Entre no mundo deles, se envolvam com a bela e flutuante imaginação das crianças”, diz em uma parte. “Abrace seus filhos agora mesmo. Mergulhe em seus cheiros, olhe para o brilho inocente em seus olhos que está perdido em algum lugar entre a infância e a idade adulta. Sinta realmente como eles se estreitam em você. Abaixe seu telefone e veja-os pela lente de seus olhos, não só pela lente de sua câmera”.
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