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Após furacão, venâncio-airense relata pânico em Orlando

O sonho de Tatiane Meirelles, de 26 anos, de conhecer o parque da Disney foi realizado, mas com uma emoção não esperada pela jovem venâncio-airense. Embora já soubesse que furacões e tempestades tropicais eram comuns nesta época do ano na Flórida, não imaginou que enfrentaria de perto o fenômeno. A estudante de Medicina Veterinária soube da aproximação do furacão Irma quando ainda estava no Brasil, no aeroporto de Campinas. Em um primeiro momento, não deu atenção à ameaça. No entanto, ao chegar no destino final, na terça-feira, sentiu a dimensão do problema. Ela conta que, mesmo moradores do local que já estavam acostumados com esse tipo de situação, estavam preocupados com o fenômeno de categoria 5 que viria a atingir o país.

“Na quinta-feira, tentei passar o dia no parque da Universal Studios e nem consegui relaxar e aproveitar o passeio pois o clima já era bastante tenso. Decidi, então, sair da cidade e pegar um vôo para outro estado que estivesse livre da ameaça, entretanto, as passagens já estavam esgotadas para todos os destinos, as rodovias congestionadas e em muitos postos de gasolina faltando combustível. Milhares de pessoas tiveram esse mesmo pensamento de buscar refúgio em algum lugar mais seguro”, relata. O jeito, então, foi ficar em Orlando e, junto com um grupo de amigos brasileiros, se abrigar em um hotel seguro.  

Com a decisão de ficar e encarar a chegada do furacão, a jovem conta que iniciaram as medidas de segurança. “Nossos celulares recebiam notificações de tempo em tempo anunciando a aproximação do Irma e dos riscos. (…) Em um dos pronunciamentos, o governador disse: ‘Se alguém não tiver lugar seguro para se abrigar, por favor, entre em contato com o número que está passando aqui na tela que faremos o possível para te buscar, ainda é tempo!’ , isso me emocionou muito”, comenta.

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De acordo com Tatiane, as informações sobre a data de chegada do furacão e da intensidade variavam no decorrer dos dias. O toque de recolher foi dado na noite de domingo e, a partir dele, as ruas esvaziaram. “O furacão Irma chegou em Orlando por volta das 2 horas da segunda-feira, com fortes ventos e chuva intensa. Esperávamos por uma grande destruição, porém, nossas preces foram atendidas e o Irma chegou em intensidade 1”. Mesmo assim, a venâncio-airense diz que a tempestade causou estragos em residências, quedas de árvores e problemas nas sinalizações. “Fiquei imaginando o grande estrago se tivesse chegado em intensidade maior”.

No fim da tarde de segunda-feira, os moradores e turistas puderam sair às ruas novamente. Passado o susto, a jovem pretende agora aproveitar mais alguns dias na Flórida. “Ainda não sei exatamente minha data de volta para o Brasil, pois pretendo agora aproveitar alguns dias a mais, já que ficamos mais resguardados na aflição da chegada do Irma, além de conhecer alguns outros lugares que já estavam no meu roteiro”. 

 

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Cláudia (à direita) com a sobrinha Renata
e a cunhada Fabiane Ramos Jungblut

Santa-cruzense destaca a organização

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Quem também esteve em Orlando e precisou enfrentar o furacão foi a santa-cruzense Cláudia Silva Babick, de 31 anos. Ela chegou na terça-feira, mas diferente de Tatiane, só soube da aproximação do fenômeno quando amigos e a família que estavam no Brasil se mostraram preocupados com a situação. A partir de então, passou a ficar atenta ao noticiário local. Durante os passeios, o único assunto era o Irma. “Perguntamos como funcionava e logo nos avisaram que o hotel era o local mais seguro e que não precisávamos nos preocupar”, conta. 

A arquiteta destaca a organização observada diante da aproximação do evento climático. “Não nos preocupamos muito porque aqui é tudo muito organizado e as pessoas preparadas para esse tipo de situação”, conta. De acordo com ela, o hotel onde ficou hospedada não costuma receber animais, porém, diante da situação, abriu as portas para famílias inteiras, inclusive cachorros e peixes. 

Cláudia diz ainda que, devido à necessidade de os hóspedes permanecerem dentro do hotel, o estabelecimento passou a oferecer atividades extras. “Até a tarde dessa segunda-feira havia a ordem de que as pessoas não podiam ficar nas ruas. Então, o hotel colocou atrações no lounge de entrada, disponibilizou mais sofás, cadeiras e música ao vivo”. Segundo a santa-cruzense, depois da passagem do furacão, os hóspedes foram liberados por volta das 10 horas dessa segunda-feira, 11, para ficar nas dependências do hotel.  “Depois das 18 horas fomos para a rua e vimos muitas árvores caídas e galhos. No entanto, apesar da sujeira causada pelos estragos, não havia lixo. Era só vegetação”, diz impressionada. 

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A previsão era de que os serviços voltassem ao normal nesta terça-feira, 12. Os shoppings que foram fechados na quinta seriam reabertos e os parques também. Entretanto, conforme Cláudia, os aeroportos ainda estão abarrotados e muitos voos foram cancelados. “Todo mundo está querendo ir para casa. Como o aeroporto ficou fechado por alguns dias, acumulou”, conta. 

 

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