O título do Campeonato Gaúcho da Série A2 escapou das mãos do Avenida. No domingo, 24, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, o Esportivo venceu por 1 a 0, com gol marcado por João Pedro, e conquistou o tetra na segunda divisão gaúcha.
Para o presidente do Avenida, Jair Eich, o principal objetivo do ano era o acesso ao Gauchão 2023. De acordo com ele, o título da Série A2 seria a “cereja do bolo” na campanha exitosa. “Não tivemos um boa apresentação no primeiro tempo. O Esportivo foi superior e fez o gol. Não fomos competentes para matar o jogo na ida. Sofremos um gol no fim e eles ficaram mais tranquilos para decidir em casa.”
Conforme Eich, o Avenida precisa estar preparado para permanecer no Gauchão. “Ao longo dos últimos anos, viemos trabalhando com a ideia de tornar o clube autossustentável. Nunca medimos esforços para isso. O principal foco é dentro de campo. Para isso fomos convidados 18 anos atrás. Paralelo a isso, vamos analisar situações administrativas que possam contribuir para melhorar. Queremos tornar o Avenida um dos principais clubes do interior, como sempre sonhamos”, apontou.
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Sobre a decisão da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) de não homologar o resultado da final, Eich acredita que o Avenida vai superar mais um percalço. “Quando se trata de Justiça, não podemos ser definitivos. Acreditamos que não teremos mudanças nos resultados. Alcançamos a classificação dentro de campo. Vamos aguardar a decisão do dia 4 de agosto”, concluiu.
O técnico Márcio Nunes sentiu-se chateado pela forma como o Avenida foi superado na decisão. Para ele, a equipe teve mais volume e poderia ter vencido em casa. O que mais desagradou, segundo ele, foi a atuação no primeiro tempo na volta. “Faltou competir, querer mais. Algumas peças muito abaixo do que a gente sabe que podem produzir”, salientou. “Respeitamos muito a equipe do Esportivo, é uma equipe equilibrada e bem postada, mas acredito que perdemos para nós mesmos”, complementou.
Márcio Nunes revelou que vai retornar para o Luverdense para disputar a Copa FMF a partir de agosto. “Encerro um ciclo no Avenida, com um grande trabalho, voltando ao Gauchão. O Avenida precisa crescer fora de campo para se manter na elite. É um processo difícil. O clube tem um potencial de crescimento. Desejo conversar com o presidente Jair Eich e quem sabe podemos acertar minha volta para 2023.”
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Juntamente com o presidente Jair Eich, Márcio Nunes visitou instalações no CT do Juventude, em Caxias do Sul. “Se o Avenida unir forças, com pessoas que possam colaborar com o presidente, terá tudo para ficar mais temporadas na primeira divisão e passar a disputar competições nacionais. Ter calendário durante o ano todo é fundamental”, observou.
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O técnico Márcio Nunes assumiu o Avenida na sexta rodada, em substituição a Rodrigo Bandeira. Para ele, as vitórias contra o Inter-SM e os empates nos clássicos Ave-Cruz foram fundamentais para a arrancada rumo ao acesso. “Algumas atitudes dentro do vestiário me chamaram atenção. Vi que o grupo estava querendo algo a mais. Eles aceitaram e assimilaram as responsabilidade dentro de campo. Construímos uma campanha muito boa em uma competição difícil. Passamos por Veranópolis e Passo Fundo no mata-mata. O presidente merecia muito. Fez um esforço gigantesco para uma reformulação durante a competição. Uma série de detalhes contribuiu no acesso”, analisou.
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Para Márcio Nunes, foi importante que os jogadores tenham ‘comprado’ a ideia e o contexto dele como treinador ao agregar em detalhes dentro e fora de campo. A chegada de reforços como Lucas Lopes, Micael, Raphael e Tadeu também é frisada como um diferencial. “Além deles, contamos com atletas muito profissionais e de trajetória vencedora. A experiência pelos clubes que passei e enfrentamentos que vivi é um ponto importante. Passei algumas coisas para eles sobre o modelo de jogo e tivemos um casamento perfeito entre a comissão técnica e o grupo. Não gosto de jogar com três volantes, por exemplo, prefiro um 4-3-2-1. Mas a competição mostrou que a gente precisava de uma característica diferente. O Alexandre jogou bastante no ano passado, dessa vez optei por atletas de maior força. Com os conceitos inseridos, tivemos uma solidez defensiva e uma sustentação no meio-campo. O Micael comandou a linha de quatro e encaixou. Ficamos mais próximos da vitória dessa forma. O Tadeu não marcou nenhum gol, mas foi fundamental. Tem liderança no grupo e respeito por parte do adversários. No ataque, conseguimos vencer com bolas paradas e transição rápida. O grupo absorveu a forma como eu projetei a equipe e deve ser parabenizado pelas atuações consistentes”, finalizou.
O Avenida vai precisar aguardar a decisão final do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ter o acesso confirmado ao Gauchão 2023. Um recurso foi movido em relação à decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD/RS), que declarou a decadência para apuração de irregularidade de atuação de atleta do Avenida, em partida da fase classificatória.
A equipe santa-cruzense foi denunciada por ter relacionado nove jogadores oriundos de clubes das primeiras divisões estaduais, no Ave-Cruz do dia 15 de maio, quando o regulamento permite oito. Com isso, não houve cerimônia de premiação na Montanha dos Vinhedos. A definição deve ocorrer no dia 4 de agosto.
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