Santa Cruz do Sul

Após alta, gasolina chega a R$ 6,34 em Santa Cruz

Quem abasteceu o veículo nessa quarta-feira em Santa Cruz do Sul teve uma surpresa. Isso porque no dia seguinte ao anúncio do reajuste dos preços da gasolina e diesel, feito pela Petrobras, os postos locais já haviam repassado os novos valores ao consumidor. Em alguns estabelecimentos da zona urbana, a gasolina comum chegou a R$ 6,34, enquanto no início da semana nenhum deles vendia o combustível acima dos R$ 6,00. O diesel também registra aumento e em proporções ainda maiores.

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Na tarde dessa quarta-feira, 16, a reportagem da Gazeta do Sul percorreu postos de diversos bairros para conferir os preços praticados na gasolina comum e diesel S500 (comum). Todos eles já haviam ajustado a tabela em relação à pesquisa do Procon divulgada na última terça-feira. Apesar de o valor mais elevado encontrado para a gasolina ter sido R$ 6,34, o aumento no local foi de R$ 0,38, visto que já cobrava R$ 5,96 anteriormente. A maior elevação no período foi em um posto localizado no Centro, onde o litro ficou R$ 0,50 mais caro de terça-feira para essa quarta-feira.

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O cenário para o diesel S500 é ainda pior. Em um estabelecimento localizado também na área central, o aumento foi de expressivos R$ 0,90 em 24 horas, de R$ 4,99 para R$ 5,89. Essa diferença, considerando que o tanque de um caminhão de médio porte comporta 200 litros, representa um custo adicional de R$ 180,00 para o motorista. A alta média, contudo, ficou na ordem dos R$ 0,65 por litro.

Diante desse contexto, pesquisar pode garantir uma economia significativa na hora de abastecer. No caso da gasolina, a diferença entre o estabelecimento mais barato e o mais caro pesquisados foi de R$ 0,19. Já para o S500, a alternância chega a R$ 0,90. Vale ressaltar que os preços registrados pela reportagem foram os anunciados nas placas dos postos para o público geral, desconsiderando possíveis convênios, uso de aplicativos ou quaisquer outras formas de se obter descontos.

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Em relação a um possível desabastecimento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou esse risco. Ele afirmou que em razão do reajuste anunciado um dia antes, não há motivos para que a venda de óleo diesel seja “represada” pelos distribuidores.

Ganhos não acompanham os custos, afirma motorista

Quando os combustíveis sobem, toda a população sente os efeitos, direta ou indiretamente. Para os condutores profissionais, contudo, esses impactos são mais fortes e chegam antes, tendo em vista a quantidade de vezes em que precisam abastecer o carro para trabalhar.

Para Eduardo Vivian, que trabalha com aplicativos de transportes, a alta da gasolina torna a margem de lucro ainda mais apertada. “No final do mês é que vamos saber com certeza, mas o rendimento, que já é baixo, com certeza vai cair ainda mais”, afirma.

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Ele recorda que o motorista de aplicativo tem diversos custos adicionais além da gasolina, como manutenção do carro, documentação, telefone celular, internet e ainda paga o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) ao Município. “Quando comecei a trabalhar com isso, há cinco anos, o litro da gasolina custava R$ 3,75 e a tarifa mínima ao passageiro era R$ 6,10. Hoje, o litro custa R$ 6,29 e a tarifa continua a mesma.”

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Guilherme Bica

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