Depois de sair da BR-471, o caminho para chegar até o Balneário Porto Ferreira, em Rio Pardo, é desafiador, já que depois da enchente as estradas ficaram cheias de buracos e pedras soltas. Ao longo do trajeto até as margens do Rio Jacuí, é possível ver sacolas e garrafas plásticas – trazidas pela correnteza – penduradas em cercas e árvores. Nas paredes das casas, marcas indicam a altura em que a água chegou: cerca de três metros. Segundo moradores da localidade, no entanto, esse episódio não foi, nem de longe, o mais grave.
O rio ainda não retornou totalmente ao seu leito e algumas estradas ainda estão bloqueadas. De acordo com a empresária Eliana Beatriz Dias Santos, foi na segunda-feira que a vida começou a voltar ao normal, depois da baixa das águas. Na terça-feira, uma equipe de limpeza passou pelo balneário recolhendo os entulhos trazidos pelo rio. “Essa semana foi dedicada à limpeza”, comentou. Eliana mora há 23 anos no mesmo local e afirma que essa enchente foi pequena comparada a outras, como a do ano passado, por exemplo. Dessa vez, a água chegou a um metro dentro da casa dela. “Já estamos acostumados com essa situação”, brincou a moradora.
Desalojados
Publicidade
Conforme o coordenador da Defesa Civil de Rio Pardo, Valdir Gonçalves, nessa semana o Rio Pardo voltou totalmente ao seu leito. Com isso, a maioria das 30 famílias desalojadas em razão da enchente já retornou às suas casas. Somente cinco ainda estão morando em residências de parentes ou em abrigos da Prefeitura.
A limpeza das casas liberadas foi acompanhada de perto pela Defesa Civil e pela Assistência Social. Segundo Gonçalves, as moradias que ainda não puderam receber as famílias de volta tiveram danos nas estruturas física e elétrica e estão sendo avaliadas pelo Corpo de Bombeiros.
Eliana: a vida começou a voltar ao normal na segunda-feira
Foto: Rodrigo Assmann
Publicidade