Nos quadrinhos, Wolverine tem 1,60 m de altura. Até a reportagem deveria olhar para baixo para encarar o rosto do mutante mais amado das histórias dos X-Men, grupo de mutantes (humanos com mutações genéticas que lhe trazem poderes dos mais variados, bons e ruins) criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby. Mas o sujeito do outro lado da porta de um hotel de luxo da zona sul de São Paulo tem quase trinta centímetros a mais do que o personagem das HQs que ele interpreta, pela última vez, em Logan, filme que estreia nesta quinta-feira, 2, no País.
Hugh Jackman também sorri com muito mais frequência do que Wolverine, famoso pela cara fechada, grunhidos em vez de respostas e pouco apreço por piadas. O ator de 48 anos, sendo 17 deles dedicado ao tampinha mais feroz que você conhecerá na vida, dono de longas garras de aço inquebrável, está se despedindo do mutante. E o faz com uma rotina de uma estrela da música pop, viajando o mundo.
O ator chegou a São Paulo às 6h de domingo, 19. Na noite anterior havia assistido a Logan pela primeira vez no Festival de Cinema de Berlim. Cinco horas depois, estava diante de jornalistas da América Latina para uma entrevista coletiva. À tarde, mais entrevistas em vídeo. No dia seguinte, mais entrevistas. E, naquela noite, Jackman embarcaria para Londres, dois dias depois, seguiria para Nova York e, mais um par de dias mais tarde, continuaria o tour pela Ásia. “Sabe de uma coisa?
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Quando eu era criança, meu sonho era viajar o mundo. Não sabia como faria isso. Pensava em ser um cozinheiro de avião”, ele diz, rindo.
Jackman está satisfeito. Seu Wolverine dá adeus mais violento, sanguinário e quebrado – um homem tido como imortal que, enfim, vê a morte de perto. Para quem está tão próximo de um personagem por tanto tempo quanto o ator, a despedida não poderia ser melhor. “Finalmente conseguimos fazer o filme que ele merecia.”
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