Após 12 horas de júri, Lenon Aires Soares, de 26 anos, e Maicon Vieira da Silva, o Fininho, de 39, foram condenados pelo assassinato de Alexsandro Luis dos Santos Mello, conhecido como Abelardo. A acusação foi de homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – elencadas pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Lenon pegou nove anos e quatro meses de prisão, enquanto Fininho foi condenado a 12 anos.
O julgamento, ocorrido nessa quarta-feira, 28, foi o mais longo registrado no Fórum de Santa Cruz do Sul desde o retorno das sessões no tribunal após a pandemia. O início foi ainda pela manhã, às 9h30, e terminou às 21h30. Quatro homens e três mulheres foram sorteados para julgar os atos dos acusados.
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O crime analisado aconteceu na madrugada dia 1º de janeiro de 2017, na Rua Victor Frederico Baumhardt, no Bairro Dona Carlota. O corpo de Abelardo, então com 18 anos, foi encontrado por populares por volta das 7h30, na beira da via. Os ferimentos indicavam pelo menos cinco disparos de arma de fogo na região do rosto. A investigação, conduzida pelo delegado Alessander Zucuni Garcia, da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), apurou que o homicídio teve como motivação principal desavenças relacionadas ao domínio do comércio de drogas na área do Residencial Viver Bem.
Além de Alessander, o delegado Luciano Menezes também prestou depoimento na sessão, na manhã desta quarta-feira. Ao final dos debates entre defesa e acusação, o Ministério Público (MP) optou por usar a réplica, enquanto os advogados Luís Gustavo Bretana, que defendeu Lenon Soares, e Vinícius Ferreira Laner, do Gabinete de Assistência Judiciária (GAJ) da Universidade de Santa Cruz do Sul, que representou Maicon Silva, foram para a tréplica.
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Processo envolvendo Máscara foi cindido
Ao todo, quatro réus seriam julgados. Contudo, logo no início do júri, o defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior solicitou que o processo envolvendo Maicon Robson Schmidt, vulgo Máscara, de 36 anos, fosse cindido dos demais, pois ele constituiria um novo advogado para defendê-lo. O pedido foi aceito pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz.
Com isso, Máscara, que chegou a ser levado ao tribunal sob forte escolta de segurança, retornou ao sistema prisional e aguardará por um nova data de julgamento. Apontado pela Polícia Civil e Ministério Público como o mentor do assassinato, e a quem foi atribuída uma gravação em vídeo que mostrava a vítima implorando para não ser morta antes de ser atingida por diversos disparos de arma de fogo, o homem de 36 anos deve ser defendido por Mateus Porto, considerado um dos principais advogados criminalistas da região.
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Ao Portal Gaz, Porto admitiu que foi procurado por familiares de Máscara e está tomando ciência dos fatos, mas as tratativas para exercer a defesa do réu na sequência do processo ainda não foram concluídas. O quarto réu Luiz Guilherme Silveira da Silva, de 30 anos, defendido pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior, foi absolvido pelos jurados. O próprio promotor Rogério Fava Santos pediu a absolvição devido à falta de provas.
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