Após cumprir o mandato com uma margem confortável que lhe garantiu vitórias estratégicas com tranquilidade, Leite precisará voltar a costurar acordos para garantir maioria na Assembleia, que embora menos fragmentada do que na atual legislatura, ainda contará com nada menos do que 15 siglas representadas nos próximos quatro anos.
Os partidos que integram a coligação elegeram somente 17 dos 55 deputados, o que significa que o tucano terá que buscar pelo menos mais 11 votos para obter maioria simples e outros cinco para obter a maioria qualificada, que é necessária para aprovar alterações na Constituição Estadual.
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O desafio é grande pois partidos de esquerda que ofereceram apoio a Leite no segundo turno, como PT e PDT, devem a ficar na oposição. Já legendas à direita que se aliaram a Onyx são uma incógnita. Além disso, alguns dos partidos que se aliaram na eleição estão divididos, como o MDB.
Embora tenha se comprometido com investimentos durante a campanha, Leite terá que lidar com as restrições do Regime de Recuperação Fiscal. O acordo não impede a geração de gastos, porém prevê exige que seja apresentada uma compensação.
Leite chegou à reta final do mandato com um quadro fiscal mais equilibrado, resultado tanto das reformas estruturantes e das privatizações, quanto do aumento da receita gerado pelo processo inflacionário. Para 2023, por exemplo, há risco de um deficit de R$ 3,7 bilhões, caso não se confirme a compensação da União pelas perdas geradas com o novo teto de ICMS.
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O órgão enfrenta um grave desequilíbrio financeiro, resultado do aumento galopante das despesas, sobretudo a partir da pandemia, que não foi acompanhada de compensação nas receitas. Leite dificilmente encontrará outra saída que não uma reforma que implique em revisão das taxa cobradas dos servidores.
Além da promessa de expandir o ensino em tempo integral para 50% das escolas de ensino médio, o Estado terá que enfrentar as carências de infraestrutura, que estão disseminadas pelo estado.
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O partido de Leite vive um dos piores momentos de sua história. Após protagonizar a disputa nacional por 20 anos e ter governado o país por oito anos, o partido não teve candidato a presidente este ano e elegeu a menor bancada de sua história no Congresso Nacional.
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