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Aplicativo de combate à violência contra a mulher deve ser expandido

Disponível desde dezembro de 2015, o aplicativo PLP 2.0 é uma ferramenta no combate à violência doméstica. O atendimento é priorizado às mulheres com medida protetiva e iniciou prestando serviço para duas delas em situação de risco no Bairro Restinga, em Porto Alegre. Atualmente sete mulheres recebem o aplicativo, instalado nos seus smartphones e equipado com um alerta de emergência e um serviço de GPS. A ampliação permite um total de 14 vagas que serão preenchidas conforme determinação do Ministério Público.  

O propósito do Departamento de Planejamento e Estratégia Operacional (DPEO) da Secretaria da Segurança Pública (SSP), responsável pela operacionalização do PLP 2.0 é expandir o uso para outros municípios. O estudo está sendo feito em parceria com as instituições envolvidas, como a Brigada Militar, Judiciário, Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado, para que seja possível atender mulheres de maneira eficaz e efetiva. 

Para a diretora adjunta do DPEO, delegada Eliana Parahyba Lopes, o aplicativo permite um serviço especializado e produtivo. “O resultado é positivo e eficaz em manter os agressores afastados. Quando acionado, o pedido entra como emergência e é atendido na sequência, para amparar a vítima. No próximo mês vamos dar início aos estudos de ampliação da rede, para que outros municípios possam receber o aplicativo. É necessário que seja analisado corretamente, para que o atendimento seja garantido”, destaca. 

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Quando ativado, o aplicativo aciona o serviço do 190 da Brigada Militar, que recebe a informação e a localização da vítima, além de transmitir todo o histórico do caso. As usuárias são selecionadas pelo Judiciário, responsável pela expedição das medidas protetivas, que utiliza como critério primordial o grau de violência investido contra a vítima. 

PLP 2.0

O desenvolvimento do aplicativo teve início com a assinatura de um termo de cooperação técnica em dezembro de 2014. O acordo foi firmado entre governo do Estado, Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, ONG Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). 

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Iniciativa da Themis, em parceria com o Instituto da Mulher Negra Geledés, o PLP 2.0 é o projeto vencedor do Desafio Social Google 2014 e um dos agraciados com o Prêmio Ajuris João Abílio Rosa de Direitos Humanos de 2015. O propósito do aplicativo é dar agilidade ao atendimento de casos extremos de violência e fortalecer a rede de proteção à mulher por meio da tecnologia social. 

O Rio Grande do Sul é o primeiro estado brasileiro a instituir oficialmente a parceria com o poder público para a utilização do aplicativo. A sigla que dá nome ao aplicativo (PLP) vem de Promotoras Legais Populares, lideranças femininas treinadas pela ONG Themis com a missão de orientar as mulheres de sua comunidade. 

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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