Apesc é a nova parceira da Prefeitura no projeto Guarda-Costas

Com o objetivo de promover uma cultura de paz no ambiente escolar, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) firmaram, nessa quinta-feira, 5, no Salão Nobre do Palacinho, parceria para execução do Projeto Guarda-Costas, uma das ações inseridas no Programa de Prevenção à Violência Pacto Santa Cruz pela Paz. A iniciativa, criada em 2018, surgiu a partir da ronda escolar. O propósito é trabalhar a segurança preventiva dentro das instituições de ensino, aproximando os agentes da comunidade.

Durante a cerimônia, o coordenador da Guarda Municipal e responsável pelo projeto, Éberson Pereira Gonçalves, fez uma apresentação da estrutura e das entidades envolvidas, ações e assuntos trabalhados durante o ano. Neste primeiro semestre, o público-alvo serão os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental das Emefs São Canísio e Guido Herberts. A prioridade são instituições de ensino inseridas em comunidades com maior vulnerabilidade.

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Por meio do Projeto Guarda-Costas, como explica Pereira, os alunos terão contato com os guardas municipais e com universitários dos cursos de Comunicação, Enfermagem, Odontologia, Psicologia e Nutrição, em atividades multidisciplinares realizadas no contraturno escolar. “As atividades propostas seguem um cronograma e são planejadas de modo a contribuir para a formação da cidadania dos educandos, conscientizando-os para o não uso de entorpecentes, tabaco e álcool, e a não prática de atos ilícitos, além de desenvolver hábitos saudáveis e de preservação da saúde e do meio ambiente”.

Neste ano, duas inovações foram acrescentadas ao projeto pela Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana. Uma delas é o Programa de Segurança nas Escolas Municipais (Prosem), com proposta semelhante ao Proerd e com foco na disciplina, respeito e prevenção às drogas, para educandos do 5º e 6º ano do Ensino Fundamental. A outra novidade é a extensão do Projeto Guarda-Costas, que agora passa a alcançar também os centros de convivência. Neste primeiro semestre serão contemplados o Viver Bem, o Beatriz, o Faxinal e o Beckenkamp.

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Para o secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, Valmir José dos Reis, a formalização da parceria dará continuidade a uma proposta que vem obtendo êxito ao longo dos anos e agora ganha ainda mais vulto na comunidade. Ele lembra que há cerca de três décadas os municípios não tinham protagonismo na segurança pública, o que é essencial para o desenvolvimento de outras áreas, na visão dele. “Segurança é um sentimento – ou a pessoa se sente segura ou não se sente segura. E sem segurança pública não há desenvolvimento social, educação e saúde”, argumentou.

Programa Ame

Equipes de enfermeiros e agentes comunitários de 20 unidades de saúde do município foram destacadas para receber capacitação dentro do Programa Ame, um dos braços do Programa de Prevenção à Violência Pacto Santa Cruz pela Paz. A primeira etapa do treinamento ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de abril, no Cerest, com participação da presidente do Instituto Cidade Segura, Tâmara Biolo Soares, e da coordenadora de projetos Roberta Astolfi. Também participaram a diretora de Ações e Programas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Anelise Aprato, e a diretora das Ações Especializadas, Cíntia Saldanha, além do coordenador-adjunto da Atenção Básica, Alexandre Butzke.

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As unidades foram divididas em dois grupos, e a próxima etapa para o segundo grupo acontece até esta sexta, também no Cerest. Segundo Butzke, das 32 unidades do município foram selecionadas 20 inicialmente, segundo critérios do programa. “Foram escolhidas em razão da demanda de atendimentos. Elas serão piloto para que todas as 32 unidades de Santa Cruz façam esse trabalho em um futuro próximo”, explicou ele.

O Programa Ame consiste em treinamento parental para gestantes, mães, pais e cuidadores de crianças de zero a 6 anos. O objetivo é desenvolver o apego seguro com a criança e disseminar práticas de disciplina positiva e de educação sem o uso da violência. Busca-se entender as fases de desenvolvimento da criança e como responder às expectativas de cada fase; as razões do mau comportamento e como lidar com a raiva, entre outros aspectos.

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Após o treinamento, os profissionais se tornam facilitadores e estão prontos para aplicar a metodologia nos grupos e capacitar as famílias. Ocorrerão oito encontros com mães, pais e cuidadores de crianças na primeira infância dentro de cada unidade, sendo um por semana.

Compromisso social

Ao se pronunciar, a assessora de relações interinstitucionais, Carmem Lúcia de Lima Helfer, reitora da Unisc à época em que o projeto teve início, comemorou a institucionalização da parceria. “Estamos reafirmando nosso compromisso social e nossa identidade comunitária. Avançamos muito quando somamos conhecimento e políticas públicas, porque ganha o município, ganham os jovens e ganham as crianças, que devem ter acesso qualificado a toda forma de conhecimento”, disse.

Já a prefeita Helena Hermany afirmou que as crianças nascem iguais e a falta de oportunidade as torna diferentes. “Sempre fui incentivadora de projetos no turno inverso. Quando a criança é bem cuidada ao nascer, frequenta a escola, recebe estímulos positivos, tem acesso a cursos profissionalizantes quando jovem, e é inserida no mercado de trabalho, dificilmente vai se desviar do caminho do bem”, defendeu. Ela também fez questão de dizer que Santa Cruz é privilegiada por ter uma universidade comunitária e muitas pessoas interessadas em exercer o voluntariado em favor da comunidade.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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