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Apenado da Peva foi mandante de assalto a policial militar em Santa Cruz

A Polícia Civil concluiu na tarde desta sexta-feira, 23, o inquérito referente ao caso de assalto a um policial militar em Santa Cruz do Sul, ocorrido na noite de 7 de fevereiro, no Bairro Esmeralda. Agentes da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) apuraram que um homem de 32 anos, que atualmente cumpre pena na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), foi o mandante do crime.

Outros três envolvidos já haviam sido apontados previamente durante a investigação. “Buscamos novos elementos complementares que possibilitaram identificar esse apenado como quem ordenou os outros indivíduos a circularem pela cidade e roubarem um carro para cometer um outro crime”, explicou o delegado Alessander Zucuni Garcia, que chefiou a investigação.

Foi possível apurar ainda que a arma utilizada para cometer o roubo foi repassada por pessoas do círculo de convivência deste apenado aos outros envolvidos no crime. Os policiais acreditam que o carro a ser roubado poderia ser utilizado em alguma ação criminosa de grandes proporções.

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Segundo o titular da 2ª DP, o homem de 32 anos, que possui antecedentes por formação de quadrilha, associação criminosa, tentativa de homicídio, roubo, furto e receptação, seria liberado da Peva em poucos meses. “Este apenado estava na iminência de sair do sistema prisional, de maneira que, após identificar sua participação no crime, representei pela prisão preventiva dele, que foi acatada pelo Poder Judiciário.”

Em depoimento prestado ao delegado Alessander Zucuni Garcia no dia 14 de abril, nas dependências da Peva, o indivíduo negou qualquer envolvimento no crime. O inquérito remetido ao Poder Judiciário contou com 150 páginas. No entanto, a pistola de uso profissional da corporação, da marca Imbel, roubada do policial, e o revólver calibre 38, utilizado para cometer o crime, não foram encontrados. “Estamos sempre atentos a novos elementos que possibilitem uma outra diligência”, finalizou Alessander.

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Relembre o caso

Eram cerca de 22 horas de 7 de fevereiro, um domingo, quando o policial militar, ao chegar em sua casa, na Rua Taquara, foi abordado no portão. Dois homens o renderam, um deles armado com um revólver calibre 38. O brigadiano teve o seu celular e a pistola de uso profissional da corporação roubados. Após o crime, os dois assaltantes embarcaram em um veículo prata, no qual um comparsa os aguardava.

Os indícios obtidos durante a investigação apontaram que, no momento do assalto, os autores não sabiam que a vítima era PM. O objetivo inicial dos ladrões era roubar o carro. Em determinado momento, porém, os criminosos descobriram que haviam atacado um policial militar. Acabaram desistindo de levar o automóvel, mas roubaram a arma de fogo e o celular.

O primeiro participante preso tem 26 anos e foi detido no dia 1º de abril em sua residência, na Rua Bruno Agnes, Bairro Bom Jesus, em cumprimento de mandado da 2ª DP, que contou ainda com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Sabendo que os agentes estavam à sua procura, o segundo assaltante, de 25 anos, se entregou no dia 5 de abril. Estes dois foram presos preventivamente e permanecem no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.

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Já o motorista que levou os ladrões até o local para cometer o crime também foi identificado. Tem 27 anos, é proprietário do veículo prata utilizado no roubo e estava com o telefone celular roubado do brigadiano. Este irá responder em liberdade.

Os quatro assaltantes – o mandante e os três executores – foram indiciados pelo crime de roubo majorado. As majorantes, que são dispositivos que ampliam a pena, quando acolhidos pelo juiz, devem-se, neste caso, a duas circunstâncias: o roubo foi praticado por duas ou mais pessoas e com emprego de arma de fogo.

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