Na última sexta-feira, 8, as apenadas do Anexo Feminino do Presídio de Santa Cruz do Sul realizaram oficina de educação menstrual, com o objetivo de executar projeto que proporciona a fabricação de bioabsorventes. A dinâmica foi ministrada pelas proprietárias da empresa Herself, Raissa Kist e Victoria Castro.
Na ocasião, todas as apenadas da unidade, um total de 21 presas, também participaram de uma roda de conversa sobre educação menstrual, para tratar dos tabus em torno da menstruação, momento em que tiraram dúvidas e deram relatos. Além disso foram disponibilizados para a biblioteca do presídio edições da obra “O Livro da Menstruação”.
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Já na segunda etapa da qualificação, cinco apenadas, que já executam atividades na oficina de costura da unidade prisional, realizaram atividade prática de corte, montagem e costura, finalizando com a produção de absorventes desenvolvidos com material de tecnologia inovadora e que é reutilizável.
As presas ainda receberam material para produção de cerca de 200 absorventes, para uso próprio e também para distribuir para o público feminino privado de liberdade nas outras unidades da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR). Os tecidos e botões usados na oficina foram adquiridos com recurso da Vara de Execuções Criminais Regional da Comarca de Santa Cruz do Sul. O curso durante o dia, foi disponibilizado pela empresa Herself é ministrado pelas suas idealizadoras, de forma voluntária.
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De acordo com a equipe da Herself, os absorventes têm uma vida útil aproximada de três anos, desde que tomados os cuidados necessários, e contribuem para absorver a menstruação de forma segura, higiênica e confortável, além de serem mais ambientalmente sustentáveis.
A Delegada Penitenciária, Samantha Longo falou sobre a felicidade de realizar o projeto na região. “Nos sentimos muito felizes em poder proporcionar às mulheres recolhidas na 8ª Região Penitenciária, a oportunidade de ter acesso aos bioabsorventes, um produto inovador que além de oportunizar dignidade e consciência das necessidades do meio ambiente, possibilita que as presas recebam qualificação sobre um assunto tão importante, fomentando ainda o empreendedorismo feminino. Plantamos uma semente na nossa região, em auxílio ao trabalho e políticas públicas que a Susepe e Secretaria de Justiça, Sistemas Penal e Socioeducativo estão construindo no Estado.”
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