Habituem-se a pedir desculpas pelos erros e abusos cometidos durante suas gestões, ao invés de repetir novas e velhas promessas como quem conta às crianças a mesma “historinha infantil de ninar”.
Passem a vigiar e coibir seus próprios companheiros caídos em tentação e descaminho, antes de acusar os adversários de apropriações indébitas e corrupção.
Não ofendam o trabalho e a inteligência alheia (principalmente a do eleitor) e baixem o próprio dedo indicador, em humilde gesto de quem reconhece que sempre é e foi mais fácil ironizar, criticar e acusar o outro.
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Reconheçam, educada e politicamente, os momentos, as oportunidades (ou falta de) e as razões do outro, haja vista que a história e as circunstâncias socioeconômicas nunca se repetem do mesmo modo.
Aliás, fato que determina que as soluções de cada tempo também sejam diferentes umas em relação às outras, sem necessário prejuízo de oportuno valor.
Mais: em se tratando de ideias e correntes ideológicas, passem a superar as graves diferenças e equívocos conceituais, notadamente em relação àquelas comprovadamente falidas e sepultadas.
Admitam a hierarquia e eficácia de princípios fiscais e econômicos sobre a vontade pessoal e a ideologia político-partidária (como o histórico de nações mais desenvolvidas já demonstrou e confirmou).
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E parem de dizer “que o outro (no poder) não fez, porque sem vontade política de fazer!”. Afinal, sabemos que as razões impeditivas deste ou daquele governo possivelmente eram fiscais, financeiras e econômicas.
Procedam sempre de modo coerente. Com certeza, não ficarão devendo tantas explicações ao povo. E reclamem menos da imprensa e esqueçam os planos de “controle da mídia”.
Não soneguem informações e nem faltem com a verdade quando acossados e “desnudos” em erro. Afinal, a frequência de abusos e reincidências já demonstrou que depois da primeira mentira, sucedem-se as demais.
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E por que lhes digo isso tudo? Porque em se mantendo o atual e irresponsável padrão de comportamento e ação, advirá a antipolítica. O escritor húngaro George Konrad (1933) definiu a antipolítica como “uma força moral da sociedade civil que articula a desconfiança e rejeição públicas do monopólio de poder da classe política dentro do Estado – um poder usado contra as populações através de legislação. Essa força moral não pretende derrubar o poder político, mas opor-se à opressão que ele exerce sobre as populações”.
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