A pandemia do novo coronavírus provocou o isolamento forçado e a mudança na rotina de quase toda a população. A forma como cada pessoa aproveita essa maior permanência em casa varia muito e diz respeito aos gostos pessoais. No caso do menino Samuel Robinson, de 9 anos, morador de Novo Hamburgo, o tempo livre foi usado para escrever. A ideia, que começou de forma despretensiosa, acabou se tornando seu primeiro livro: O Menino e a Casa na Árvore, Entre Sonhos e Pesadelos.
Segundo a mãe, Michele Robinson, o menino sempre gostou e teve o hábito de escrever, mas nunca com a intenção de publicar algo. Ela conta que ainda nos primeiros dias sem aula, em razão da pandemia, Samuel escreveu duas páginas de uma nova história e mostrou aos pais, sendo prontamente incentivado a continuar. “Chegou um dia que ele disse para mim que queria escrever um livro de verdade, e entendemos que ele queria que o livro fosse publicado e pudesse ser vendido”, recorda a mãe. Assim, a família movimentou-se para viabilizar a publicação.
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Apesar de ser um feito incomum para a idade, Michele garante que o filho é uma criança como qualquer outra. “Nunca estabelecemos critérios ou regras para que ele fizesse a escrita, era no momento que ele sentia inspiração.” Samuel elabora suas produções no mesmo computador que usa para estudar e jogar online com os amigos. Além da escrita e da leitura, a prática do judô é mais um hábito que ocupa o seu tempo.
A trama do livro foi inspirada na vida de Samuel e no seu círculo de amizades. Com o primeiro exemplar já finalizado e disponível para venda, a produção não para. “Esse foi o primeiro, já estou escrevendo o segundo e pretendo escrever mais livros além da saga O Menino e a Casa na Árvore, conta o garoto. A ideia, segundo ele, é produzir uma trilogia.
Todo o dinheiro necessário para a edição e publicação foi arrecadado através de contribuições online, em apenas dez dias. Como agradecimento, todas as pessoas que doaram receberam um exemplar. Além de disponível nas livrarias de Novo Hamburgo, o livro pode ser adquirido de forma autônoma por meio do Instagram@mucarobin.
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Confira a entrevista de Samuel e da mãe Michele à Rádio Gazeta:
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