Ansioso e inseguro, tenho pavor quando alguma medida urgente precisa ser tomada em segmentos em que sou ignorante, principalmente quando requer urgência de solução. Por exemplo: não entendo nada de mecânica e tenho medo de dentista. São situações que se repetem com frequência, desafios constantes.
Quando empreendo uma viagem longa – quase sempre para a Fronteira – ligo para a oficina D. Grimaldi, onde o proprietário dá nome ao estabelecimento. Não sei há quantos anos conheço o “seu Grimaldi”, como é conhecido lá em casa. São décadas de integral confiança a ponto de ele passar na minha casa, pegar a chave do carro, fazer a vistoria geral e trazer o veículo de volta.
No começo, seu Grimaldi ligava para explicar por que deveria trocar determinada peça que ele mostrava quando eu ia pagar a conta. Com o tempo, consegui convencê-lo de que isso era desnecessário. O mesmo acontece quando o problema é a bateria, detalhe que já determinou diversos socorros, até mesmo em uma manhã de domingo.
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Educado, alto-astral e cuidadoso, seu Grimaldi já é um membro da família. A gentileza se estende em outro momento crítico: o pagamento. Pragmático, aceita cartões, parcela e sempre deixa aberta a porta para negociações.
Na questão bucal, sofri do que é chamado de odontofobia, em resumo: pavor de dentista. Sabe aquele “cheiro” de consultório? Pois é, me causa taquicardia, tremor e suor nas mãos. Esses sintomas estão domados, resultado da habilidade e bom humor das doutoras Cláudia Presotto e Marcia Brito Azaredo (que mora e trabalha em Igrejinha), e da secretária, queridona e faz-tudo Mônica Rolim.
Esse trio de mulheres incríveis reduziu em 50% meu medo, a ponto de fazer dois implantes no ano passado. Também já consigo dormir na véspera das manutenções preventivas e não passo mais vergonha diante dos filhos. Ainda tenho outros 50% de temor. Todo esse trauma é resultado de um episódio de infância no qual dentes saudáveis foram extraídos sem necessidade, o que me afastou por 30 anos dos consultórios.
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O ano escorre com preguiça para o seu final. Fazer balanços é comum, assim como estabelecer metas para os 12 meses vindouros. Raramente faço isso, mas é claro que acalento alguns sonhos que, apesar de adiamentos anuais, continuam lá, na incubadora, à espera do momento de eclodir em realidade.
Olho para trás para constatar que construí muitas pontes, executei projetos e cumpri acordos que firmei comigo mesmo. Termino o ano feliz e com certezas que determinarão mudanças radicais em 2020. Agradecer se impõe. A Deus e a muitos parceiros. Entre eles, meu mecânicos e minhas dentistas e secretária, que minimizaram meu estresse.
Obrigado a todos!
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