Após o Ministério da Saúde liberar a vacinação infantil no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) listou 17 recomendações para evitar erros na aplicação das doses contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Na série de sugestões, estão incluídos o uso de um ambiente exclusivo para esta faixa etária e o treinamento completo das equipes de saúde. A formulação da dose pediátrica equivale a um terço da usada em pessoas com mais de 12 anos, e o frasco é laranja.
Em abril do ano passado, durante campanhas simultâneas de vacinação contra a Covid e a gripe, 51 pessoas receberam vacinas trocadas em dois municípios de São Paulo. Cinco crianças, com idade entre sete meses e quatro anos, receberam equivocadamente a Coronavac no lugar da imunização contra a gripe em Diadema, no ABC Paulista. Caso semelhante também foi relatado em Itirapina, no interior do Estado. No entanto, a quantidade de vacinados indevidamente foi maior, sendo 18 adultos (entre eles, duas gestantes) e 28 crianças.
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O Ministério da Saúde liberou na quarta-feira, 5, a imunização das crianças sem exigência de prescrição médica e com um intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose. A previsão é de que 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ainda neste mês e as demais unidades até março. Ao todo, o governo estima em 20 milhões o número de crianças nesta faixa etária.
Segundo a Anvisa, “a maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto”. A agência recomendou que a vacinação de crianças seja feita em um ambiente separado da imunização dos adultos e que não sejam aproveitadas outras salas, mesmo que pediátricas. “Não havendo disponibilidade de infraestrutura para essa separação, que sejam adotadas todas as medidas para evitar erros de vacinação”, explicou a agência em documento encaminhado pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) informou à Corte que as vacinas contra a Covid devem ser aplicadas nas crianças “seguindo integralmente as recomendações da Anvisa”. Em uma delas, a agência afirma que crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem permanecer com a dose pediátrica.
A Anvisa, que autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças em dezembro, também pediu que seja evitada a imunização desta faixa etária em postos drive-thru. Também recomendou que as doses contra a Covid não sejam administradas “de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias”. Após a aplicação da dose, as crianças devem ser acolhidas e permanecer no local da vacinação “por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando que sejam observadas durante esse breve período”, sugeriu a Anvisa.
Os profissionais de saúde devem informar aos responsáveis pela criança sobre “os principais sintomas esperados, como dor, inchaço, vermelhidão no local da injeção, febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, mialgia, artralgia” e ainda “outras reações após vacinação, como linfadenopatia axilar localizada no mesmo lado do braço vacinado”.
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As primeiras 1,2 milhão de doses devem chegar em 13 de janeiro e começarão a ser enviadas aos municípios no dia seguinte. Neste mês, há previsão de chegada de dois outros lotes com a mesma quantidade de vacinas nos dias 20 e 27 de janeiro. “Será adotado o critério populacional para a distribuição das doses”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, em anúncio nesta quarta-feira, 5.
A Saúde recomenda que a imunização seja feita por faixa etária decrescente com prioridade para as crianças com comorbidade ou deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Em seguida, devem ser imunizadas aquelas que vivem em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid e depois crianças entre 10 e 11 anos, 8 e 9 anos; 6 e 7 anos e, por fim, crianças com 5 anos.
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