A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota de repúdio a Jair Bolsonaro. Durante transmissão nas redes sociais na quinta-feira, o presidente disse que pediu extraoficialmente “o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos”. Ele afirmou ter a intenção de divulgar o nome dos técnicos da agência reguladora para que a população tome conhecimento e forme o próprio juízo.
O documento, assinado por todos os membros da diretoria do órgão, afirma que o ambiente de trabalho é “isento de pressões internas e avesso às pressões externas”. A análise das vacinas, segue o texto, é baseada na ciência e oferece ao Ministério da Saúde opções “seguras, eficazes e de qualidade”. Outro trecho lembra que os diretores da Anvisa já sofreram ameaças em função da possibilidade de liberação dos imunizantes para a faixa etária de 5 a 11 anos.
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“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explícita ou velada, que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias”, conclui a nota.
A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) também se manifestou contrária à fala de Bolsonaro. O ofício reconhece o trabalho dos técnicos e salienta que as análises de vacinas levam em conta, além dos critérios científicos, a avaliação de associações e sociedades médicas. A instituição também teme pela vida e integridade física de seus membros em função das ameaças sofridas.
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Imunização de crianças
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal se manifeste em 48 horas sobre a inclusão da imunização de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A decisão atende a um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), que solicitou à Corte uma determinação para que o Ministério da Saúde inclua a nova faixa etária no plano e estabeleça prazos para sua execução.
Na quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do imunizante da Pfizer nesse público, que será diferente da formulação utilizada nos adultos e com intervalo entre doses de três semanas. Antes de o PT acionar o STF, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) já havia pedido ao Ministério da Saúde datas e diretrizes para as próximas etapas da campanha. A pasta, no entanto, informou apenas que ainda não há prazo e nem previsão de início.
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