O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nessa terça-feira, 2, que a queda do PIB brasileiro pode ter ficado abaixo de 4% em 2020. O resultado oficial será divulgado nesta quarta-feira, 3, pelo IBGE. Para este ano, o ministro disse que o País pode crescer 3% ou 3,5%.
Guedes disse ainda, em entrevista à Jovem Pan, que o governo fez “muita coisa com espírito federalista de descentralizar recursos” durante o ano passado. Segundo ele, o governo foi alvo de críticas por estar sem meta de déficit, suspensa em 2020 por causa da calamidade da Covid-19, mas ele ponderou que “seria tolice elevar impostos em meio à depressão”. Ele lembrou que o governo diferiu impostos para ajudar empresas.
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O ministrou defendeu ainda as medidas que descarimbam dinheiro do Orçamento. “Não quer dizer que vai dar menos que inflação. Pode dar mais, pode dar menos”, disse. Segundo ele, a educação “está protegida se tiver ação política” e citou que o próprio governo concordou em mais que dobrar os recursos do Fundeb, o principal mecanismo de financiamento da educação básica.
Ele ponderou que o Orçamento brasileiro é engessado e, por isso, a classe política brasileira não pode ser condenada como omissa, acomodada e alienada.
Guedes também disse nessa terça-feira que o governo não vai elevar impostos. “Preferimos vender duas, três, quatro estatais e derrubar a relação dívida PIB”, afirmou ainda à Jovem Pan. O ministro aproveitou uma pergunta sobre as receitas do governo para alfinetar o governador de São Paulo, João Doria, adversário político do presidente Jair Bolsonaro.
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Segundo Guedes, a prioridade do governo no ano passado, diante da crise, não era o lado das receitas. “Perguntavam ‘e a reforma tributária?’. Já estava tudo preparado para uma armadilha de aumento de impostos”, disse. “Vocês estão vendo são Paulo, está subindo tudo lá.”
O ministro garantiu, porém, que o governo não elevará impostos. “Não somos geração de covardes que fazem guerra e jogam conta para filhos e netos”, afirmou. “Podemos substituir impostos, derruba um aqui aumenta outro ali, mas sempre simplificando. Não conte conosco para imposto sobre fortuna, alíquota extra aqui ou ali, aumento na alíquota do Imposto de Renda”, disse.
Guedes disse que o foco do governo é simplificar impostos e “dar fim ao manicômio tributário”. “Tem hoje bilionário no Brasil que paga zero de tributo em dividendos”, afirmou.
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Apesar do desejo de reduzir tributos – segundo o ministro, havia ideia de baixar 5% os impostos corporativos -, ele ponderou que o agravamento do déficit inviabilizou essa ideia. O ministro disse ainda que a reforma administrativa vai desinflar dramaticamente gasto com máquina pública.
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